10.000 pessoas padecem de "misteriosa doença de pele" no Burundi
Bujumbura, Burundi (PANA) - Mais de 10 mil pessoas foram infectadas com feridas ulcerosas de origem desconhecida em várias regiões do Burundi, soube a PANA junto do Escritório das Nações Unidas para os Assuntos Humanitários (OCHA).
A doença impera desde 2020 e, num primeiro tempo, foi inicialmente confundida com úlceras de Buruli, uma infeção bacteriana "rara" da pele e dos tecidos moles, disse OCHA num relatório sobre a situação sanitária no Burundi.
Para se saber mais sobre a doença, as primeiras amostras recolhidas, em parceria entre o Instituto Nacional de Saúde Pública (INSP) e Médicos Sem Fronteiras-Bélgica (MSF-B), estão atualmente a ser analisadas num laboratório belga, na cidade de Antuérpia.
Atualmente, seis mil 906 doentes estão a ser tratados em quatro locais nas cinco províncias mais afetadas pela doença, diz a agência humanitária onusina.
O pessoal de cuidados utiliza antibióticos, procede ao curativo de feridas e aplica pensos limpos para evitar a superinfeção.
Os resultados laboratoriais devem permitir aos profissionais de saúde adquirirem conhecimentos sobre a doença e porem em prática um protocolo de tratamento adequado, bem como uma "gestão holística" dos pacientes, espera a OCHA.
Em 2020, seis mil 836 pacientes foram tratados em diferentes locais de prestação de cuidados em todo o Burundi. 43 mil 836 pensos e kits de higiene, incluindo seis mil 65 chinelas, seis mil 254 baldes.
A OCHA recomenda a vários intervenientes para melhorarem o sistema de gestão de dados para conhecer o número exato de casos em tratamento e dar uma assistência às pessoas necessitadas.
-0- PANA FB/JSG/SOC/DIM//DD 03março2021