PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
África negra regista mais de 90 porcento de mortes de paludismo no mundo
Brazzaville, Congo (PANA) - A região africana da Organização Mundial da Saúde (OMS) constitui o maior lar do paludismo com 81 porcento dos casos e mais de 90 porcento dos falecimentos registados na planeta, indicou o diretor regional da OMS para África, Luís Sambo, por ocasião do Dia Mundial de Luta contra a Doença celebrado a 25 de abril anualmente.
"Manter os progressos, salvar vidas: investir na luta contra o paludismo" é o tema do ano de 2012 e visa sublinhar os progressos realizados e a necessidade de investir mais na luta contra esta patologia tornada num problema maior de saúde pública.
Segundo Sambo, o relatório de 2011 da OMS sobre o paludismo no mundo indica que a Região Africana representa 81 porcento dos casos de paludismo registados no planeta.
Mais de 90 porcento dos falecimentos devidos ao paludismo ocorrem na Região e 86 porcento destas mortes abrangem as crianças de menos de cinco anos, precisou Sambo, explicando que as mulheres grávidas, as pessoas que vivem com o HIV e a sida, e as vítimas das catástrofes são também particularmente vulneráveis ao paludismo.
Ele reconheceu porém que as autoridades africanas "não cruzaram os braços" face à propagação do paludismo na região, mas comprometeram-se a mobilizar os meios necessários a favor da luta contra a doença.
É nesta óptica que foi criada a Aliança dos Líderes Africanos contra o Paludismo (ALMA) que instaurou ações destinadas a pôr termo aos falecimentos devidos ao paludismo na região, explicou.
Por outro lado, prosseguiu, este impulso teve por consequência reduzir as mortes causadas pelo paludismo em um terço em África durante a última década.
"Ao todo, a mortalidade infantil foi reduzida em 20 porcento nos países onde a luta contra o paludismo melhorou de maneira considerável", disse.
Segundo ele, o interesse pronunciado observado no mundo a favor da eliminação do paludismo salienta a necessidade de acelerar a intensificação das intervenções.
"A assunção dos casos pela comunidade por meio de testes de diagnóstico rápido melhora o tratamento e a supervisão da doença graças à declaração dos casos confirmados", sublinhou o diretor-regional da OMS para África.
Ele considerou que os progressos registados na luta contra o paludismo são frágeis e que os países deveriam redobrar de esforços, porque a redução da ajuda ao desenvolvimento e o défice de financiamento dos planos nacionais e regionais poderão invalidar os resultados obtidos.
Sambo indicou, além disso, que a luta contra o paludismo na região necessita de "ações multissetoriais e concertadas por parte de todas as partes interessadas".
No seu entender, o reforço da assistência técnica e financeira concedida aos programas nacionais permitirá acelerar os progressos.
No Congo, cuja capital, Brazzaville, acolhe a sede do Gabinete Regional da OMS para África, uma série de medidas foram tomadas pelos poderes públicos em sinal de resposta contra o paludismo.
Trata-se nomeadamente da gratuidade do tratamento antipalúdico para crianças de zero a 15 anos de idade e mulheres grávidas e a distribuição gratuita dos mosquiteiros impregnados de inseticida em todo o território.
-0- PANA MB/JSG/MAR/IZ 26abril2012
"Manter os progressos, salvar vidas: investir na luta contra o paludismo" é o tema do ano de 2012 e visa sublinhar os progressos realizados e a necessidade de investir mais na luta contra esta patologia tornada num problema maior de saúde pública.
Segundo Sambo, o relatório de 2011 da OMS sobre o paludismo no mundo indica que a Região Africana representa 81 porcento dos casos de paludismo registados no planeta.
Mais de 90 porcento dos falecimentos devidos ao paludismo ocorrem na Região e 86 porcento destas mortes abrangem as crianças de menos de cinco anos, precisou Sambo, explicando que as mulheres grávidas, as pessoas que vivem com o HIV e a sida, e as vítimas das catástrofes são também particularmente vulneráveis ao paludismo.
Ele reconheceu porém que as autoridades africanas "não cruzaram os braços" face à propagação do paludismo na região, mas comprometeram-se a mobilizar os meios necessários a favor da luta contra a doença.
É nesta óptica que foi criada a Aliança dos Líderes Africanos contra o Paludismo (ALMA) que instaurou ações destinadas a pôr termo aos falecimentos devidos ao paludismo na região, explicou.
Por outro lado, prosseguiu, este impulso teve por consequência reduzir as mortes causadas pelo paludismo em um terço em África durante a última década.
"Ao todo, a mortalidade infantil foi reduzida em 20 porcento nos países onde a luta contra o paludismo melhorou de maneira considerável", disse.
Segundo ele, o interesse pronunciado observado no mundo a favor da eliminação do paludismo salienta a necessidade de acelerar a intensificação das intervenções.
"A assunção dos casos pela comunidade por meio de testes de diagnóstico rápido melhora o tratamento e a supervisão da doença graças à declaração dos casos confirmados", sublinhou o diretor-regional da OMS para África.
Ele considerou que os progressos registados na luta contra o paludismo são frágeis e que os países deveriam redobrar de esforços, porque a redução da ajuda ao desenvolvimento e o défice de financiamento dos planos nacionais e regionais poderão invalidar os resultados obtidos.
Sambo indicou, além disso, que a luta contra o paludismo na região necessita de "ações multissetoriais e concertadas por parte de todas as partes interessadas".
No seu entender, o reforço da assistência técnica e financeira concedida aos programas nacionais permitirá acelerar os progressos.
No Congo, cuja capital, Brazzaville, acolhe a sede do Gabinete Regional da OMS para África, uma série de medidas foram tomadas pelos poderes públicos em sinal de resposta contra o paludismo.
Trata-se nomeadamente da gratuidade do tratamento antipalúdico para crianças de zero a 15 anos de idade e mulheres grávidas e a distribuição gratuita dos mosquiteiros impregnados de inseticida em todo o território.
-0- PANA MB/JSG/MAR/IZ 26abril2012