África do Sul estabelece novo recorde diário de 173 óbitos da covid-19
Luanda, Angola (PANA) – A África do Sul contabilizou, nas últimas 24 horas, 173 novos óbitos provocados pela covid-19, o maior número diário de vítimas mortais dos últimos tempos, no país.
Com este novo recorde, o país passou a ter 3.199 óbitos no total, segundo o Ministério da Saúde, no seu boletim epidemiológico diário.
A província de Gauteng foi a mais atingida com 71 óbitos num único dia, seguindo-se o Cabo Ocidental com 40 contra 29 do Cabo Oriental, 21 do KwaZulu-Natal, 10 do Estado Livre e dois do Cabo Setentrional.
Enquanto isso, foram registados no mesmo dia 8.773 novos casos positivos, perfazendo um total de 196.750 infeções acumuladas, desde o início da doença, no país, em março deste ano.
O país manteve a 16ª posição mundial da covid-19, lugar anteriormente ocupado por França num universo de 215 países e territórios.
Com a atual progressão, a África do Sul está perto de ultrapassar, nos próximos dias países como a Alemanha, a Turquia e a Arábia Saudita, antes de figurar entre os 10 ou cinco países mais infetados.
De acordo ainda com o Ministério sul-africano da Saúde, os atuais níveis de infeções no país já eram esperados, prevendo-se um aumento maior ainda, nos meses de julho e agosto, em todo o território nacional.
Espera-se igualmente uma subida exponencial no número de casos positivos, nas províncias com altos níveis de atividade económica, a começar por Gauteng e Cabo Ocidental, seguindo-se o Cabo Oriental e o KwaZulu-Natal.
Só nas últimas 48 horas, por exemplo, o país registou 19.626 novos casos, depois de fechar a semana com um balanço de cerca de 50 mil novas infeções.
A lista dos países mais infetados é atualmente liderada pelos Estados Unidos e pelo Brasil que concentram sozinhos mais de um terço do total mundial de 11,572 milhões de casos e 537 mil óbitos registados desde o início da doença, em dezembro de 2019.
Por seu turno, a África do Sul lidera no continente africano, que acumula mais de 478 mil infeções e cerca de 11.400 mortos, desde março passado, altura do surgimento dos primeiros casos no continente.
O segundo país mais afetado, Egito, continua na 24ª posição mundial agora com 75.253 casos, e o terceiro (Nigéria) no 50º lugar com 28.711 infeções.
O Egito detém contudo o maior número de óbitos, em África, com 3.343, contra os 3.199 da África do Sul, 952 da Argélia, 634 da Nigéria e 608 do Sudão.
Em África, o quarto país mais infetado, depois da Nigéria, é o Gana, com 20.085 casos, seguindo-se a Argélia (15941), Marrocos (14215), os Camarões (12592), a Côte d’Ivoire (10772), o Sudão (9767) e o Quénia (7886).
A África do Sul continua a liderar igualmente nas recuperações, com 93.315 pacientes curados, seguida do Egito (20726), do Gana (14870), da Nigéria (11462), da Argélia (11492), dos Camarões (10100) e de Marrocos (9725).
-0- PANA IZ 06julho2020