PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
África do Sul e Grupo Cairns pedem retomada de negociações de Doha
Bruxelas- Bélgica (PANA) -- A África do Sul e os países membros do Grupo de Cairns, apelaram para a retomada das negociações sobre o Ciclo de Desenvolvimento de Doha, desejando culminar numa conclusão o mais tardar em 2010, soube-se quarta-feira de fonte oficial europeia em Bruxelas.
Os países ditos do Grupo do Cairns (África do Sul, Brasil, Austrália e Indonésia) representam 25 por cento do comércio agrícola mundial.
Lançadas em 2001 em Doha (Qatar), no quadro das negociações comerciais multilaterais por iniciativa da Organização Mundial do Comércio (OMC), estas negociações nunca foram concluídas, devido nomeadamente a divergências profundas entre os países ricos do Norte e os países pobres do Sul.
Durante a conferência ministerial de Cancun, no México, em 2005, as discussões fracassaram devido à rejeição pelos países ricos das exigências dos quatro países africanos promotores da Iniciativa Sectorial sobre o Algodão, particularmente, o Tchad, o Burkina Faso, o Benin e o Mali.
Apoiados por todos os países em via de desenvolvimento, os quatro Estados Sahelianos exigiram compensações de um bilião de dólares americanos por ano, pelas perdas registadas no sector do algodão do qual eles são os principais produtores em África.
Estes países denunciam as subvenções de que beneficiam os plantadores de algodão nos Estados Unidos e na Europa, ao passo que os camponeses africanos não recebem nenhuma ajuda financeira.
Por outro lado, as negociações fracassaram devido à rejeição pelos Estados Unidos da exigência levantada pela Índia, apoiada pelos países em via de desenvolvimento, da criação dum mecanismo de salvaguarda especial destinado a proteger os camponeses dos países em via de desenvolvimento em caso de aumento abrupto dos fluxos de importações de produtos agrícolas estratégicos.
Os Acordos de Parceria Económica (APE), em curso de negociação entre a UE e seis regiões do Grupo dos Países de África, Caraíbas e Pacífico (ACP) devem ser compatíveis com as novas regras da OMC que devem ser definidas no quadro do Ciclo de Doha.
Logicamente, será preciso esperar pela conclusão das negociações do Ciclo de Doha, antes da assinatura dos APE.
As negociações do Ciclo de Doha deverão culminar num acordo multilateral de redução dos milhares de direitos aduaneiros e diminuição das subvenções à agricultura nos países ricos.
Os países ditos do Grupo do Cairns (África do Sul, Brasil, Austrália e Indonésia) representam 25 por cento do comércio agrícola mundial.
Lançadas em 2001 em Doha (Qatar), no quadro das negociações comerciais multilaterais por iniciativa da Organização Mundial do Comércio (OMC), estas negociações nunca foram concluídas, devido nomeadamente a divergências profundas entre os países ricos do Norte e os países pobres do Sul.
Durante a conferência ministerial de Cancun, no México, em 2005, as discussões fracassaram devido à rejeição pelos países ricos das exigências dos quatro países africanos promotores da Iniciativa Sectorial sobre o Algodão, particularmente, o Tchad, o Burkina Faso, o Benin e o Mali.
Apoiados por todos os países em via de desenvolvimento, os quatro Estados Sahelianos exigiram compensações de um bilião de dólares americanos por ano, pelas perdas registadas no sector do algodão do qual eles são os principais produtores em África.
Estes países denunciam as subvenções de que beneficiam os plantadores de algodão nos Estados Unidos e na Europa, ao passo que os camponeses africanos não recebem nenhuma ajuda financeira.
Por outro lado, as negociações fracassaram devido à rejeição pelos Estados Unidos da exigência levantada pela Índia, apoiada pelos países em via de desenvolvimento, da criação dum mecanismo de salvaguarda especial destinado a proteger os camponeses dos países em via de desenvolvimento em caso de aumento abrupto dos fluxos de importações de produtos agrícolas estratégicos.
Os Acordos de Parceria Económica (APE), em curso de negociação entre a UE e seis regiões do Grupo dos Países de África, Caraíbas e Pacífico (ACP) devem ser compatíveis com as novas regras da OMC que devem ser definidas no quadro do Ciclo de Doha.
Logicamente, será preciso esperar pela conclusão das negociações do Ciclo de Doha, antes da assinatura dos APE.
As negociações do Ciclo de Doha deverão culminar num acordo multilateral de redução dos milhares de direitos aduaneiros e diminuição das subvenções à agricultura nos países ricos.