PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
África convidada a fazer das mudanças climáticas uma oportunidade agrícola
Varsóvia, Polónia (PANA) - A coordenador do Centro Africano para as Políticas sobre Clima (CAPC), Fatima Denton, convidou sexta-feira África a fazer das mudanças climáticas uma oportunidade para desenvolver o seu setor agrícola.
"Mesmo num clima que muda, o setor agrícola conserva ainda o seu pleno potencial para tirar milhões de Africanos da pobreza e permitir ao continente atrair o desenvolvimento", defendeu Denton diante da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP19) que decorre em Varsóvia, na Polónia.
Sublinhou que a agricultura e as mudanças climáticas estão extremamente ligadas, tendo estas últimas importantes efeitos na primeira.
É verdade que os impactos negativos das mudanças climáticas vão destruir mais a capacidade dos agricultores pobres e dos produtores de produtos agrícolas que terão dificuldade de se adatar à evolução das condições climáticas, nomeadamente a variabilidade do clima, disse.
Segundo ela, um apoio técnico e financeiro é necessário para tratar os danos causados pelas mudanças climáticas e apoiar as atividades de adaptação dos agricultores africanos.
Para o efeito, notou, podem ser feitos esforços num quadro que estimule e promova uma agricultura de fraca emissão de carbono.
Denton explicou que a integração da adaptação nos programas de transformação agrícola dos países africanos devia concentrar-se na integração da adaptação no Programa de Desenvolvimento Agrícola em África (PDAA).
Ela congratulou-se com o facto de que alguns países africanos tenham tomado medidas proativas para aumentar os investimentos neste setor que ocupa cerca de 75 porcento da população e apelou para uma melhor compreensão dos programas de adaptação, dos planos de investimento e para a integração da adaptação às mudanças climáticas no programa de transformação da agricultura africana.
Sobre as pesquisas, as inovações e a tecnologia para a adaptação às mudanças climáticas em África, Denton afirmou que não se pode subestimar o papel dos sistemas de pesquisa e de inovação na produção das provas mais precisas e das soluções possíveis que empregam pessoas vulneráveis a adaptar-se às mudanças climáticas.
"Ainda que as descobertas científicas recentes confirmem que as mudanças climáticas provacadas pelo homem já estejam em curso, e que os seus efeitos se fazem sentir em numerosos locais, existem ainda lacunas de conhecimento sobre a maneira de fazer face e de se adaptar, em função das variações temporais e espaciais", sublinhou.
As pesquisas sobre as mudanças climáticas e a adaptação visam responder a estas lacunas, insistiu.
Assim, segundo Denton, os pesquisadores africanos, os intervenientes comunitários, os operadores do setor privado e os decisores devem esforçar-se por fazer avançar uma melhor compreensão deste desafio.
A agricultura é em África o primeiro setor em termos de Produto Interior Bruto (PIB) e de fornecedor de empregos.
A população mundial deverá passar a nove biliões em 2050 e os peritos consideram que a produção agrícola deverá aumentar em 70 porcento para alimentar o mundo.
"Já que a África Subsariana dispõe de 60 porcento das terras disponíveis inexploradas do Planeta, a agricultura poderá contribuir fortemente para a transformação inclusiva para o desenvolvimento de África", revelou Denton.
Contudo, deplorou, o setor continua seriamente afetado pelos impactos das mudanças climáticas, e a necessidade de adaptação é mais crítica.
-0- PANA IT/JSG/MAR/IZ 22nov2013
"Mesmo num clima que muda, o setor agrícola conserva ainda o seu pleno potencial para tirar milhões de Africanos da pobreza e permitir ao continente atrair o desenvolvimento", defendeu Denton diante da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP19) que decorre em Varsóvia, na Polónia.
Sublinhou que a agricultura e as mudanças climáticas estão extremamente ligadas, tendo estas últimas importantes efeitos na primeira.
É verdade que os impactos negativos das mudanças climáticas vão destruir mais a capacidade dos agricultores pobres e dos produtores de produtos agrícolas que terão dificuldade de se adatar à evolução das condições climáticas, nomeadamente a variabilidade do clima, disse.
Segundo ela, um apoio técnico e financeiro é necessário para tratar os danos causados pelas mudanças climáticas e apoiar as atividades de adaptação dos agricultores africanos.
Para o efeito, notou, podem ser feitos esforços num quadro que estimule e promova uma agricultura de fraca emissão de carbono.
Denton explicou que a integração da adaptação nos programas de transformação agrícola dos países africanos devia concentrar-se na integração da adaptação no Programa de Desenvolvimento Agrícola em África (PDAA).
Ela congratulou-se com o facto de que alguns países africanos tenham tomado medidas proativas para aumentar os investimentos neste setor que ocupa cerca de 75 porcento da população e apelou para uma melhor compreensão dos programas de adaptação, dos planos de investimento e para a integração da adaptação às mudanças climáticas no programa de transformação da agricultura africana.
Sobre as pesquisas, as inovações e a tecnologia para a adaptação às mudanças climáticas em África, Denton afirmou que não se pode subestimar o papel dos sistemas de pesquisa e de inovação na produção das provas mais precisas e das soluções possíveis que empregam pessoas vulneráveis a adaptar-se às mudanças climáticas.
"Ainda que as descobertas científicas recentes confirmem que as mudanças climáticas provacadas pelo homem já estejam em curso, e que os seus efeitos se fazem sentir em numerosos locais, existem ainda lacunas de conhecimento sobre a maneira de fazer face e de se adaptar, em função das variações temporais e espaciais", sublinhou.
As pesquisas sobre as mudanças climáticas e a adaptação visam responder a estas lacunas, insistiu.
Assim, segundo Denton, os pesquisadores africanos, os intervenientes comunitários, os operadores do setor privado e os decisores devem esforçar-se por fazer avançar uma melhor compreensão deste desafio.
A agricultura é em África o primeiro setor em termos de Produto Interior Bruto (PIB) e de fornecedor de empregos.
A população mundial deverá passar a nove biliões em 2050 e os peritos consideram que a produção agrícola deverá aumentar em 70 porcento para alimentar o mundo.
"Já que a África Subsariana dispõe de 60 porcento das terras disponíveis inexploradas do Planeta, a agricultura poderá contribuir fortemente para a transformação inclusiva para o desenvolvimento de África", revelou Denton.
Contudo, deplorou, o setor continua seriamente afetado pelos impactos das mudanças climáticas, e a necessidade de adaptação é mais crítica.
-0- PANA IT/JSG/MAR/IZ 22nov2013