PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
África compromete-se a promover educação ambiental para todos
Arusha, Tanzânia (PANA) - Os ministros africanos do Ambiente, que concluíram nesta sexta-feira em Arusha, na Tanzânia, uma reunião de três dias, declararam a sua vontade de desenvolver um plano de ação para a educação ambiental e a formação que se focalizará na educação formal e não formal dos seus países.
Este compromisso consta da «Declaração de Arusha sobre a Estratégia de África para o Desenvolvimento Sustentável Após Rio 20 », divulgado no termo da 14ª sessão da Conferência Ministerial Africana sobre o Ambiente (CMAE).
A Declaração sublinha a necessidade de se criar componentes de entrada em rede da informação e das capacidades, para insistir de modo explícito na aprendizagem das tecnologias avançadas no quadro desta estratégia.
No mesmo documento, a conferência insiste na necessidade de África aproveitar as oportunidades disponíveis para realizar as ambições de desenvolvimento sustentável decorrentes dos resultados da Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável (CDD), de 15 a 16 de julho último no Rio de Janeiro, no Brasil.
Segundo os atores africanos do setor do Ambiente presentes na conferência, a realização das ambições de África depende em grande parte do papel que os jovens, o setor privado, as Organizações não Governamentais e a Sociedade Civil desempenharão na implementação dos resultados da CDD.
Por esta razão, a conferência ministerial sublinhou a necessidade de uma participação efetiva destes grupos importantes em todos os processos ligados ao consumo e à produção sustentáveis, à criação de oportunidades de emprego, à contribuição para a erradicação da pobreza e à cessação da degradação do ambiente.
«Todas as populações devem estar à altura de exercer totalmente as suas responsabilidades no desenvolvimento sustentável", indicou.
Por outro lado, o Programa das Nações Unidas para o Ambiente (PNUE) apelou para uma "ação política urgente a níveis regional e sub-regional a fim de criar as condições favoráveis ao aumento do financiamento e do investimento no desenvolvimento sustentável das montanhas e fazer avançar a agenda da montanha para África de modo sistemático, integrado e coordenado.
Num documento distribuído aos delegados e aos observadores da CMAE, o PNUE diz que as montanhas de África são muito importantes e que representam "torres de água cada vez mais vulneráveis" enquanto constituem, ao mesmo tempo, celeiros para as comunidades que vivem em planaltos e planícies.
Segundo o PNUE, as montanhas «são fatores essenciais na transição para a economia verde, na promoção do desenvolvimento sustentável e na redução da pobreza numa altura em que caminhamos para um futuro mais justo com uma baixa intensidade de carbono e económico em recursos".
"O facto de as montanhas de África serem muitas vezes muito produtivas em matéria agrícola e o primeiro habitat humano implica que a durabilidade dos serviços ecosistémicos das montanhas corre um grande perigo", avisou o PNUE.
Indica que a pobreza e a degradação do ambiente ameaçam a integridade dos serviços, agravados pelo crescimento demográfico, pela mudança da utilização das terras e pela incidência crescente dos conflitos de recursos.
"Os efeitos da mudança climática são mais visíveis nas montanhas, o que requere das populações locais adaptar-se às novas condições", diz o PNUE.
Um recente estudo sobre os cuidados com a terra nos planaltos da África Oriental sublinha que elas (as montanhas) constituem uma parte importante da África Subsariana com terras severamente degradadas.
Os planaltos da África Oriental (no Quénia, no Uganda, na Etiópia, no Rwanda, no Burundi e no norte da Tanzânia) representam cerca de 23 porcento da superfície destes países e albergam 53 porcento da população na região.
Segundo o PNUE, a Comissão da União Africana, a CMAE, bem como as Comunidades Económicas Regionais africanas são os principais fórums de alto nível para a promoção da ação política sobre o desenvolvimento sustentável das montanhas em África.
O PNUE propõe, entre outras medidas, a níveis nacional e local, ligar a ciência à elaboração das políticas e à cooperação transfronteiriça que tome em conta os principais vínculos entre as montanhas e as planícies.
-0- PANA AR/SEG/AKA/AAS/IBA/CJB/IZ 14set2012
Este compromisso consta da «Declaração de Arusha sobre a Estratégia de África para o Desenvolvimento Sustentável Após Rio 20 », divulgado no termo da 14ª sessão da Conferência Ministerial Africana sobre o Ambiente (CMAE).
A Declaração sublinha a necessidade de se criar componentes de entrada em rede da informação e das capacidades, para insistir de modo explícito na aprendizagem das tecnologias avançadas no quadro desta estratégia.
No mesmo documento, a conferência insiste na necessidade de África aproveitar as oportunidades disponíveis para realizar as ambições de desenvolvimento sustentável decorrentes dos resultados da Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável (CDD), de 15 a 16 de julho último no Rio de Janeiro, no Brasil.
Segundo os atores africanos do setor do Ambiente presentes na conferência, a realização das ambições de África depende em grande parte do papel que os jovens, o setor privado, as Organizações não Governamentais e a Sociedade Civil desempenharão na implementação dos resultados da CDD.
Por esta razão, a conferência ministerial sublinhou a necessidade de uma participação efetiva destes grupos importantes em todos os processos ligados ao consumo e à produção sustentáveis, à criação de oportunidades de emprego, à contribuição para a erradicação da pobreza e à cessação da degradação do ambiente.
«Todas as populações devem estar à altura de exercer totalmente as suas responsabilidades no desenvolvimento sustentável", indicou.
Por outro lado, o Programa das Nações Unidas para o Ambiente (PNUE) apelou para uma "ação política urgente a níveis regional e sub-regional a fim de criar as condições favoráveis ao aumento do financiamento e do investimento no desenvolvimento sustentável das montanhas e fazer avançar a agenda da montanha para África de modo sistemático, integrado e coordenado.
Num documento distribuído aos delegados e aos observadores da CMAE, o PNUE diz que as montanhas de África são muito importantes e que representam "torres de água cada vez mais vulneráveis" enquanto constituem, ao mesmo tempo, celeiros para as comunidades que vivem em planaltos e planícies.
Segundo o PNUE, as montanhas «são fatores essenciais na transição para a economia verde, na promoção do desenvolvimento sustentável e na redução da pobreza numa altura em que caminhamos para um futuro mais justo com uma baixa intensidade de carbono e económico em recursos".
"O facto de as montanhas de África serem muitas vezes muito produtivas em matéria agrícola e o primeiro habitat humano implica que a durabilidade dos serviços ecosistémicos das montanhas corre um grande perigo", avisou o PNUE.
Indica que a pobreza e a degradação do ambiente ameaçam a integridade dos serviços, agravados pelo crescimento demográfico, pela mudança da utilização das terras e pela incidência crescente dos conflitos de recursos.
"Os efeitos da mudança climática são mais visíveis nas montanhas, o que requere das populações locais adaptar-se às novas condições", diz o PNUE.
Um recente estudo sobre os cuidados com a terra nos planaltos da África Oriental sublinha que elas (as montanhas) constituem uma parte importante da África Subsariana com terras severamente degradadas.
Os planaltos da África Oriental (no Quénia, no Uganda, na Etiópia, no Rwanda, no Burundi e no norte da Tanzânia) representam cerca de 23 porcento da superfície destes países e albergam 53 porcento da população na região.
Segundo o PNUE, a Comissão da União Africana, a CMAE, bem como as Comunidades Económicas Regionais africanas são os principais fórums de alto nível para a promoção da ação política sobre o desenvolvimento sustentável das montanhas em África.
O PNUE propõe, entre outras medidas, a níveis nacional e local, ligar a ciência à elaboração das políticas e à cooperação transfronteiriça que tome em conta os principais vínculos entre as montanhas e as planícies.
-0- PANA AR/SEG/AKA/AAS/IBA/CJB/IZ 14set2012