Agência Panafricana de Notícias

África deve enfrentar desafios da sua transformação económica

 

Berlin( Alemanha (PANA) -O Continente  precisa  de  enfrentar os desafios estruturais que estão a impedir  a transformação econômica em  África, que estão profundamente interligados aos sistemas alimentares , reiterou em Berlin, a Comissária da União Africana Josefa Correia Sacko.

A diplomata angolana que intervinha  na XI  conferência Alemanha- África  que decorre de 17-21 de janeiro corrente,  assegurou que os problemas dependentes necessitam  de uma combinação de esforço  de estruturas políticas facilitadoras, de inovações e compromissos de financiamento para atingir os  objetivos preconizados.

Sublinhou que isto  torna ainda mais importante de forma colaborativa, em linha com as prioridades orientadas pela demanda , bem como, o  engajamento construtivo do setor privado  essencial para o desenvolvimento bem sucedido do setor agrícola para a segurança alimentar e nutricional em todo o mundo.

"Conheci muitos inovadores, formuladores de políticas e investidores incríveis que estão repensando as práticas agrícolas e a produção de alimentos. É o comprometimento deles, seu impulso coletivo, que alimenta minha paixão e me dá esperança de que podemos realmente acabar com a fome”, frisou a comissária da UA em fim de mandato.

Segundo ela,  devem ser feitos investimentos estratégicos no setor  para desbloquear seu vasto potencial,  aproveitar as ferramentas disponíveis, o conhecimento e a capacidade de criar mudanças que possam levar a  transformar os  sistemas agroalimentares para serem mais inclusivos, sustentáveis ​​e resilientes.

“Neste particular , não há dúvidas que se deve contar com o envolvimento dos jovens que é uma camada expressiva no continente apoiando  os mesmos agro-empreendedores e o seu potencial, investindo neles e construindo ecossistemas de negócios onde eles possam prosperar”, destacou.Josefa Sacko, encarregue da agricultura, desenvolvimento rural, economia azul e ambiente sustentável.

Disse que o Fórum Mundial Sem Fome  que recentemente organizada em Addis Abeba, na Etiópia,  pela UA, pelo Governo etîope, pela  Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), ofereceu uma nova perspetiva e soluções a longo prazo para alcançar os objetivos de  desenvolvimento sustentável.

De acordo com a comissária da UA, à ação e os  passos concretos para impulsionar a agenda para acabar com a fome e abordar a desnutrição no mundo, prioriza a geração de renda para mudar o foco de aumentar a produção de alimentos para empoderar agricultores e agronegócios no sentido de gerar renda e também  investimentos em infraestruturas, mormente na  eletricidade, estradas, irrigação, instalações de armazenamento para reduzir perdas pós-colheita.

No seu entender , o desafio que se vislumbra para a luta contra a fome passa pela promoção do  comércio intra-africano reduzindo barreiras comerciais e impondo concorrência justa, bem com financiamentos inovadores, como parcerias público-privadas e financiamento combinado, para mobilizar recursos para valor adicionado e desenvolvimento do agronegócio.

“Embora isso pareça um desafio assustador, estamos  diante de um desafio inadiável, com uma crença inabalável, pois  acabar com a fome é possível “, acrescentou.

De acordo com estatisticas, pelo menos 733 milhões de pessoas enfrentam a fome, uma em cada 11 pessoas em todo o mundo e uma em cada cinco em África, de acordo com o último relatório sobre o estado da segurança alimentar e da nutrição no Mundo, divulgado pelas agências especializadas das Nações Unidas no evento do G20 do Brasil.

-0- PANA JF/DD 20jan2025