UE condena continuação da violência no Sudão
Bruxelas, Bélgica (PANA) - A União Europeia (UE) e os seus Estados-Membros condenaram veementemente os combates em curso entre o Exército Sudanês e as Forças de Apoio Rápido (RSF) que ameaçam a segurança do povo sudanês, bem como a unidade e estabilidade do país.
Em uma declaração emitida pelo Alto Representante da UE, os Estados membros sublinham que o início das hostilidades prejudica os esforços para restaurar a transição do Sudão para um Governo democrático liderado por civis. Também corre o risco de desestabilizar a região.
"A UE lamenta a perda de vidas e as violações do direito internacional, incluindo o direito internacional dos direitos humanos e o direito internacional humanitário. Exorta todos os atores a cumprir o direito internacional humanitário e a implementar uma cessação imediata das hostilidades sem pré-condições", disse o comunicado.
Além disso, a UE apelou a todos os intervenientes para permitirem e facilitarem o acesso humanitário rápido e sem entraves, bem como para protegerem os civis e garantirem a segurança do pessoal humanitário.
“Os combates devem cessar para garantir a sua proteção e permitir espaço para o diálogo e a mediação. , também levando em consideração a próxima celebração do Eid-el-Fitr.
"A UE recorda a importância do pleno respeito pela integridade do pessoal diplomático e das instalações ao abrigo da Convenção de Viena e insta as autoridades competentes a protegerem totalmente a sua segurança. A segurança dos cidadãos da UE deve ser garantida por todos os intervenientes", refere o comunicado..
Entretanto, a UE continuará a envolver-se ativamente com os principais parceiros para garantir que todas as partes dão prioridade ao depor as armas, acabar com a violência, atenuar a situação e resolver as diferenças políticas através do diálogo. A declaração também sublinha que os atores externos devem se abster de alimentar o conflito.
A UE saúda e apoia os esforços de mediação colectiva coordenados a nível regional e internacional, incluindo os das Nações Unidas, da União Africana, da IGAD e da Liga dos Estados Árabes, essenciais para recolocar o Sudão na via da paz e da estabilidade e respeitar as aspirações do povo sudanês por um futuro pacífico, estável e democrático.
Assim, a UE reafirmou o seu apoio e solidariedade inabaláveis ao povo sudanês, em particular às mulheres e aos jovens que lideraram uma revolução pacífica há três anos. "Suas aspirações e demandas por um futuro melhor não serão esquecidas", acrescentou.
-0- PANA AR/VAO/NFB/IS/SOC /MAR 21 abril 2023