Agência Panafricana de Notícias

Propriedade intelectual gera $ 180 biliões de receitas nos Estados Unidos, segundo ONU

Nova Iorque, Estados Unidos (PANA) – As taxas e direitos de propriedade intelectual geraram nos últimos anos cerca de 180 biliões de dólares americanos de receitas nos Estados Unidos, segundo um relatório divulgado terça-feira, em Genebra (Suíça), pela Organização Mundial das Nações Unidas para a Propriedade Intelectual (OMPI).

A OMPI indica num comunicado sobre o relatório que "a procura crescente destes direitos estimulou a inovação nas empresas no mundo inteiro e ultrapassou o crescimento económico mundial nos últimos anos".

As taxas e rendimentos dos direitos de licença nos Estados Unidos passaram de 2,8 biliões de dólares americanos em 1970 para 27 biliões de dólares americanos em 1990, e 180 biliões de dólares em 2009, acrescenta.

A organização sublinha que "o crescimento é tão forte que novos intermediários surgiram no mercado, tais como as casas de corretagem dos direitos de propriedade intelectual e as câmaras de compensação", enquanto que "as empresas concedem ou trocam igualmente de modo mais frequente as licenças e os direitos de propriedade intelectual".

Foi provado que o conhecimento dos mercados permite às empresas especializar-se e ser tanto mais inovadoras quanto eficientes, indica a OMPI no seu comunicado.

De acordo com a organização, o crescimento foi "particularmente forte nas chamadas tecnologias complexas ou as tecnologias compostas de múltiplas invenções patenteadas, onde a propriedade das patentes é muitas vezes maior".

"Em alguns setores tais como as telecomunicações, os softwares e a óptica, as empresas construíram de modo estratégico grandes carteiras de patentes", prossegue a OMPI.

A organização declara, no entanto, que "a sobreposição dos direitos das patentes poderá, cada vez mais, abrandar a inovação no futuro".

O diretor-geral da OMPI, Francis Gurry, sublinhou no seu prefácio ao relatório que "o crescimento das inovações deixou de ser apanágio dos países ricos e o fosso tecnológico entre países ricos e pobres está a diminuir".

"Formas de inovações mais progressistas e mais locais contribuem para o desenvolvimento económico e social ao mesmo título que as inovações tecnológicas de classe mundial", disse.

-0- PANA AA/BOS/ASA/TBM/SOC/CJB/IZ 16nov2011