Setor energético suspende greve na Nigéria
Abuj , Nigéria (PANA) – Os trabalhadores do setor energético na Nigéria, reunidos sob a bandeira do Sindicato dos Empregados da Eletricidade (NUEE), suspenderam quinta-feira a sua greve iniciada na véspera para atrair a atenção do Governo federal para o futuro dos seus colegas demitidos.
O presidente nacional do NUEE, Joe Ajaero, declarou que o movimento de greve foi suspenso na sequência de um encontro com as autoridades governamentais e o sindicato durante o qual as exigências dos trabalhadores foram examinadas de “ forma conclusiva”.
Segundo Ajaero, o Governo respondeu a todas as preocupações do sindicato e dos seus membros durante discussões que duraram até às primeiras horas de quinta-feira.
"Nós concluímos as discussões e todas as questões foram abordadas e nós esperamos pela sua aplicação. Entretanto, a nossa greve está suspensa”, disse Ajaero.
Os sindicatos encerraram completamente quarta-feira à tarde todas as centrais de produção de energia, provocando assim um corte geral de eletricidade no país.
Na sequência da suspensão do abastecimento de eletricidade em todos os Estados da Federação, os sindicalistas deslocaram-se à sede da companhia de Transmissão da Nigéria (TCN) e ao Ministério da Energia que eles bloquearam.
Todos os esforços envidados pelo ministro da Energia para apaziguar os trabalhadores em quatro reuniões, organizadas em duas horas até tarde na noite de quarta-feira, revelaram-se inúteis.
Segundo algumas fontes, o governante nigeriano deplorou o facto de ter sido informado sobre o projeto de greve dos empregados do NUEE apenas terça-feira por volta das 18:45 horas locais (17:45 TMG), enquanto os trabalhadores afirmam ter dado um ultimato de 21 dias.
A greve do NUEE foi decretada devido à recusa do Gabinete de Empresas Públicas de pagar mais de dois mil empregados da empresa da eletricidade da Nigéria Power Holding Company of Nigeria (PHCN) que foram demitidos.
Além da sua recusa de pagar as indemnizações por despedimento a quase 500 outros trabalhadores, o sindicato afirma igualmente que não têm acesso a algumas empresas de produção de eletricidade.
-0- PANA MON/MA/NFB/JSG/FK/IZ 13dez2019