Primeiro-ministro e novo Governo líbios empossados diante de Parlamento
Trípoli, Líbia (PANA) - O primeiro-ministro do Governo de Unidade Nacional da Líbia, Abdelhamid Al-Dbaiba e seus 35 ministros tomaram posse segunda-feira durante uma sessão plenária diante da Câmara dos Representantes (Parlamento) em Tobruk (leste), com a missão de gerir a transição até às eleições nacionais de 24 de dezembro próximo, soube a PANA de fonte oficial.
O novo Governo de Unidade Nacional prometeu, durante o juramento, preservar a independência, segurança e integridade territoriais da Líbia, e respeitar a declaração constitucional, uma espécie de mini-constituição, organizando o regime no poder no país.
A sessão parlamentar em Tobruk realizou-se na presença do Presidente e dos membros do Conselho Presidencial líbio, do enviado das Nações Unidas e da União Europeia, bem como de embaixadores de vários países, além de vários embaixadores por meio da tecnologia do zoom.
Na semana passada, o Parlamento líbio votou um moção de confiança no Governo de Unidade Nacional numa sessão plenária descrita como "histórica" em Sirtes (centro) com 132 votos dos 133 deputados presentes.
Composto por 35 ministros, incluindo dois vice-primeiros-ministros e seis ministros de Estado, o novo Governo líbio tem cinco pastas ministeriais reservadas a mulheres, incluindo as das Relações Exteriores, da Justiça e dos Assuntos Sociais.
Este protocolo de prestação de juramento de Governo de Unidade Nacional formaliza a sua entrada em funcionamento para dar início às missões que lhe são atribuídas, nomeadamente a facilitação do acesso aos serviços básicos aos cidadãos, o combate à pandemia do coronavírus, a unificação das instituições do Estado e a reconciliação nacional.
Este Governo é o primeiro unificado a liderar a Líbia desde 2014 quando o país começou a ser gerido por dois Governos paralelos, designadamente um chamado de "unidade nacional" instalada em Trípoli e reconhecido pela comunidade internacional, e um outro em Beidha (leste) nomeado pelo Parlamento.
A situação transformou o país num Estado bicéfalo, favorecendo a dilapidação de fundos públicos e colocando o país à beira da partição.
-0- PANA BY/IS/MAR/DD 15março2021