PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Angola chamada a fazer reformas estruturais profundas para diversificar economia
Luanda, Angola (PANA) - O Estado angolano deve ter coragem de fazer reformas estruturais profundas para poder ter um programa de diversificação que leve à estabilização da economia, aconselhou esta quarta-feira, em Luanda, a consultora internacional Josefa Sacko.
Segundo ela, a diversificação é um programa macroeconómico de longo prazo, que não se faz de um dia para o outro. "São programas adequados e bem estruturados que devem ser revistos pelo Estado”, afirmou Sacko em entrevista à agência angolana de notícias (Angop).
Este tipo de programas foi feito em vários países quando o preço do café esteve abaixo de um dólar, mas, sublinhou, o que está a acontecer no mercado petrolífero é muito mais perigoso "porque nunca, a nível do café, houve uma queda tão significativa em menos de dois anos",
Para a antiga secretária da Organização Interafricana do Café (OIAC), esta situação vai ter implicações diretas a nível social nas populações e na economia e que não se consegue atingir as metas do Programa Nacional de Desenvolvimento (PND), por insuficiência de receitas.
Por essa razão, a consultora é de opinião que o Executivo angolano deve reduzir algumas despesas e, se possível, reajustar o seu orçamento para fazer face às receitas correntes provenientes do petróleo.
Como medidas necessárias para mitigar a atual situação, enumerou setores imediatos como o financeiro, através da cobrança de impostos, uma vez que, segundo ela, hoje todos os países desenvolvidos vivem das receitas fiscais, e que são estas que ajudam os Estados a resolver os problemas dos setores mais sensíveis como Educação e Saúde assim como estabilizar a economia.
O turismo é outro setor que, com políticas bem direcionadas, pode, neste momento, contribuir para aos poucos diminuir o sufoco em que se encontra o país, frisou.
Ela apontou igualmente o reforço das políticas públicas para o fomento da agricultura, a criação de um ambiente propício de negócio para incentivar a criação de pequenas e médias empresas e atrair mais investidores estrangeiros como outras medidas necessárias que vão ajudar a sair da atual situação.
No seu entender, o modelo aproriado para desenvolver projetos com viabilidade económica na perspetiva da diversificação da economia deve basear-se fundamentalmente nas áreas mineira, industrial e agrícola, esta última por meio da produção de madeira, café, algodão, soja e cacau.
Quanto a financiamentos, defendeu que o Estado deve negociar com as instituições da Bretton Wood (Fundo Monetário Internacional e Banco Mundial), no sentido de estes financiarem os projetos angolanos no âmbito da diversificação da economia.
“Nesta fase difícil que o país vive e que não é um problema de Angola, mas global, o país pode pedir financiamentos para os seus projetos. Existem vias para se encontrar uma saída, só que temos de apresentar macroprojectos na área de diversificação”, pontualizou.
-0- PANA IZ 27jan2016
Segundo ela, a diversificação é um programa macroeconómico de longo prazo, que não se faz de um dia para o outro. "São programas adequados e bem estruturados que devem ser revistos pelo Estado”, afirmou Sacko em entrevista à agência angolana de notícias (Angop).
Este tipo de programas foi feito em vários países quando o preço do café esteve abaixo de um dólar, mas, sublinhou, o que está a acontecer no mercado petrolífero é muito mais perigoso "porque nunca, a nível do café, houve uma queda tão significativa em menos de dois anos",
Para a antiga secretária da Organização Interafricana do Café (OIAC), esta situação vai ter implicações diretas a nível social nas populações e na economia e que não se consegue atingir as metas do Programa Nacional de Desenvolvimento (PND), por insuficiência de receitas.
Por essa razão, a consultora é de opinião que o Executivo angolano deve reduzir algumas despesas e, se possível, reajustar o seu orçamento para fazer face às receitas correntes provenientes do petróleo.
Como medidas necessárias para mitigar a atual situação, enumerou setores imediatos como o financeiro, através da cobrança de impostos, uma vez que, segundo ela, hoje todos os países desenvolvidos vivem das receitas fiscais, e que são estas que ajudam os Estados a resolver os problemas dos setores mais sensíveis como Educação e Saúde assim como estabilizar a economia.
O turismo é outro setor que, com políticas bem direcionadas, pode, neste momento, contribuir para aos poucos diminuir o sufoco em que se encontra o país, frisou.
Ela apontou igualmente o reforço das políticas públicas para o fomento da agricultura, a criação de um ambiente propício de negócio para incentivar a criação de pequenas e médias empresas e atrair mais investidores estrangeiros como outras medidas necessárias que vão ajudar a sair da atual situação.
No seu entender, o modelo aproriado para desenvolver projetos com viabilidade económica na perspetiva da diversificação da economia deve basear-se fundamentalmente nas áreas mineira, industrial e agrícola, esta última por meio da produção de madeira, café, algodão, soja e cacau.
Quanto a financiamentos, defendeu que o Estado deve negociar com as instituições da Bretton Wood (Fundo Monetário Internacional e Banco Mundial), no sentido de estes financiarem os projetos angolanos no âmbito da diversificação da economia.
“Nesta fase difícil que o país vive e que não é um problema de Angola, mas global, o país pode pedir financiamentos para os seus projetos. Existem vias para se encontrar uma saída, só que temos de apresentar macroprojectos na área de diversificação”, pontualizou.
-0- PANA IZ 27jan2016