PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Discussões preliminares para diálogo fracassam entre poder e oposição no Togo
Lomé, Togo (PANA) - Os partidos políticos da oposição não compareceram a um encontro marcado com o primeiro-ministro para consultas com vista a um pré-diálogo para recolher sugestões para o formato e as modalidades do diálogo entre os dois lados, apurou a PANA quinta-feira, em Lomé.
Apenas a União das Forças de Mudança (UFC) de Gilchrist Olympio e a União para a República (UNIR), no poder, compareceram.
A presença destes dois partidos sem os da oposição "não tem impacto", consideram alguns observadores, argumentando que a UFC que colabora, desde 2010, com o atual Governo liderado por Faure Gnassingbé "não têm a solução para a crise se a oposição não participar".
Daí que o boicote destas consultas destinadas a "fixar o quadro das discussões e o seu conteúdo antes da abertura das negociações foi apenas uma gota de água", sublinharam os mesmos observadores.
"São manobras de diversão. O Governo está desqualificado para levar a cabo consultas. Os que devem chamar-nos para consultas, são medianeiros", afirmou Brigitte Adajmagbo Johnson, secretário-geral da Convenção Patriótica Democrática dos Povos Africanos (CDPA) e Coordenadora da Coligação dos Paridos da Oposição.
Na quarta-feira, como anunciado, a oposição esteve nas ruas para novas manifestações pelo regresso à Constituição de 1992 ou partida de Faure Gnassginbe, apesar de algumas medidas de apaziguamento destinadas a atenuar as exigências da oposição, como a libertação de todos os militantes da oposição antes do arranque de qualquer diálogo.
Com esta firmeza da oposição ao Governo, desponta lentamente a sua determinação e radicalização para "não se deixar enganar" pelo regime, sustentam os partidos da coligação.
A UE, a ONU, a CEDEAO, a UA desde o início da crise, em agosto passado, apelaram às duas partes para o diálogo para evitar o pior.
O poder também lançou um apelo para diálogo, a 7 de dezembro corrente, para desanuviar a situação sociopolítica que começa a ter sérios impactos na economia do país.
De agosto a dezembro, pelo menos 20 pessoas morreram numa crise nascida da não aplicação, desde 2006, das reformas institucionais e constitucionais, apesar do acordo político global assinado entre o poder e a oposição, depois de um longo conflito criado por eleições cujos resultados nunca foram julgados "democráticos e equitativos".
-0- PANA FAA/IS/MAR/IZ 14dez2017
Apenas a União das Forças de Mudança (UFC) de Gilchrist Olympio e a União para a República (UNIR), no poder, compareceram.
A presença destes dois partidos sem os da oposição "não tem impacto", consideram alguns observadores, argumentando que a UFC que colabora, desde 2010, com o atual Governo liderado por Faure Gnassingbé "não têm a solução para a crise se a oposição não participar".
Daí que o boicote destas consultas destinadas a "fixar o quadro das discussões e o seu conteúdo antes da abertura das negociações foi apenas uma gota de água", sublinharam os mesmos observadores.
"São manobras de diversão. O Governo está desqualificado para levar a cabo consultas. Os que devem chamar-nos para consultas, são medianeiros", afirmou Brigitte Adajmagbo Johnson, secretário-geral da Convenção Patriótica Democrática dos Povos Africanos (CDPA) e Coordenadora da Coligação dos Paridos da Oposição.
Na quarta-feira, como anunciado, a oposição esteve nas ruas para novas manifestações pelo regresso à Constituição de 1992 ou partida de Faure Gnassginbe, apesar de algumas medidas de apaziguamento destinadas a atenuar as exigências da oposição, como a libertação de todos os militantes da oposição antes do arranque de qualquer diálogo.
Com esta firmeza da oposição ao Governo, desponta lentamente a sua determinação e radicalização para "não se deixar enganar" pelo regime, sustentam os partidos da coligação.
A UE, a ONU, a CEDEAO, a UA desde o início da crise, em agosto passado, apelaram às duas partes para o diálogo para evitar o pior.
O poder também lançou um apelo para diálogo, a 7 de dezembro corrente, para desanuviar a situação sociopolítica que começa a ter sérios impactos na economia do país.
De agosto a dezembro, pelo menos 20 pessoas morreram numa crise nascida da não aplicação, desde 2006, das reformas institucionais e constitucionais, apesar do acordo político global assinado entre o poder e a oposição, depois de um longo conflito criado por eleições cujos resultados nunca foram julgados "democráticos e equitativos".
-0- PANA FAA/IS/MAR/IZ 14dez2017