Conselho de Paz e Segurança da UA deplora persistência de crise na Líbia
Trípoli, Líbia (PANA) - O Conselho de Segurança e Paz (CSP) da União Africana (UA) exprimiu a sua preocupação face à persistência da crise na Líbia, denunciando a "ingerência estrangeira" nos assuntos do país.
Nos termos dos trabalhos da 929.ª sessão ordinária do CSP, os participantes exprimiram, numa declaração divulgada domingo, "a sua profunda preocupação com os combates contínuos na Líbia", que estorvaram os esforços envidados na luta contra a pandemia de covid-19 (coronavírus) e também exacerbou a situação social e económica já instável no país, bem como a situação dos migrantes e de requerentes de asilo.
Presidido pela Argélia para a sua sessão de junho, o CSP da UA reiterou a sua "firme condenação de todas as formas de ingerência externa em questões de paz e segurança que minam a soberania nacional" e esforços de paz.
Sublinhou a necessidade de o apoio externo aos esforços de paz e segurança no continente ser coordenado e dirigido para a realização dos objetivos e prioridades da UA, no âmbito do programa pan-africano para reduzir ao silêncio as armas de fogo em África.
O CSP preconizou "coesão" em torno do apelo do presidente da Comissão da União Africana (CUA), Moussa Faki Mahamat, que sublinha "a necessidade urgente de se reduzir ao silêncio armas de fogo em África."
Trata-se de "pôr termo ao conflito e garantir a cessação das hostilidades, bem como o compromisso humanitário de todas as partes em guerra no sentido de cessarem os combates imediatamente, para facilitar as medidas tomadas pelos Estados membros, pelas partes e por atores humanitários" a fim de combaterem e erradicarem o coronavírus.
Este posicionamento responde ao pedido do Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, de um cessar-fogo global imediato à escala mundial com vista a abrir a via aos países afetados por conflitos a fim de concentrar os seus esforços no combate à epidemia de covid-19.
A crise de saúde no continente adiou os esforços da UA para organizar uma conferência nacional de reconciliação na Líbia em julho, em Addis Abeba (Etiópia), lê-se na declaração.
-0- PANA BY/BEH/MAR/DD 15junho2020