3.800 professores em greve em São Tomé e Príncipe
São Tomé, São Tomé e Príncipe (PANA) - Cerca de três mil e 800 professores e educadores entraram terça-feira em greve, por tempo indeterminado, por causa de o Governo não ter satisfeito suas reivindicações, soube a PANA de fonte segura.
Salas vazias, protões encerrados, parques escolares desertos são o cenário do primeiro dia da greve na educação, numa altura em que a cidade capital, São Tomé, se encontra em pleno estado de calamidade, no quadro de um confinamento geral no país, de acordo com a fonte.
“A aderência é de 100 por cento“, indicou o líder do Sindicato dos professores e educadores de São Tomé e Príncipe (SINPRESTP),Gastão Ferreira, numa ronda pelos principais estabelecimentos de ensino do país.
Com base em informações recolhidos junto dos seus associados, ele indicou que a mobilização é geral.
“Não tem havido seriedade nas negociações que iniciaram com o Governo de Jorge Bom Jesus, a 15 de janeiro último”, indignou-se
“Discutimos sobre um reajuste salarial. No nosso espanto, numa outra ronda negocial, o Governo apresenta-nos um outro. Tem sido uma espécie de jogo de gato e rato. Não tem seriedade da parte do governo”, insistiu.
Progressão de carreira congelada, reajuste salarial, são dois pontos assentes nas negociações, entre as duas partes, segundo a mesma fonte.
Gastão Ferreira explicou que o valor proposto pelo Governo no quadro do reajuste não satisfaz e que os professores o rejeitaram.
Ressaltou que existem mais de 200 professores em enquadramento.
O sindicato dos professores e educadores congrega cerca de três mil e oitocentos associados, referiu-se.
-0- PANA RMG/DD 02janeiro2021