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ONU incentiva Estados a acelerar negociações para reduzir emissões de gases

Nova Iorque, Estados Unidos (PANA) - A secretária executiva da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (CQNUMC) instou, quinta-feira, os governos a acelerarem o ritmo das negociações sobre a redução das emissões de gases com efeito de estufa perigosas e responsáveis pelas mudanças climáticas.

Figueres falava durante uma conferência de imprensa organizada na sede da ONU em Nova Iorque, antes da próxima conferência das Nações Unidas sobre o Clima, agendada para dezembro, em Durban, África do Sul.

Ela realçou o facto de que os Estados deviam chegar a um acordo sobre o reforço das condições internacionais que permitam às nações trabalharem juntas para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa a nível mundial.

Isso significa que é preciso confrontar-se, abertamente, com a questão política do futuro do Protocolo de Quioto, o único acordo que consagra hoje compromissos vinculativos por parte dos países industrializados.

O Protocolo de Quioto é um anexo à CQNUMC que contém medidas juridicamente vinculativas para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa, cujo primeiro período de compromisso expira no próximo ano. As negociações sobre a segunda fase do compromisso estão em curso.

"O que os governos têm muito claramente à sua frente é a possibilidade de um vazio regulamentar (na nova fase do protocolo) e quanto maior for atraso, maior será o vazio regulamentar", explicou.

Por isso, prosseguiu, "o meu desejo é que haja compromissos políticos (...) Mas esta é realmente uma questão política prioritária para este ano".

Para além do processo de negociação, Figueres salientou que houve tendências positivas na luta contra as mudanças climáticas, incluindo um movimento, mesmo nas grandes economias, através de novas políticas promovendo o crescimento à baixa intensidade carbónica.

O setor privado tem, cada vez mais, investido em atividades comerciais com fraco nível carbónico e em energias renováveis, segundo ela.

"Portanto, em Durban, os governos devem tomar medidas adicionais para acelerar estas duas tendências muito importantes", concluiu.

-0- PANA AA/BOS/NFB/TBM/CCF/IZ 13maio2011