Agência Panafricana de Notícias

Forças Vivas aplaudem escolha do PM na Guiné-Conakry

Conakry- Guiné-Conakry (PANA) -- O presidente da Comissão Política das "Forças Vivas" e primeiro vice-presidente da União das Forças Democráticas da Guiné (UFDG, oposição), Amadou Oury Bah, exprimiu, terça-feira, a sua satisfação após a junta no poder ter escolhido Jean-Marie Doré para ocupar o posto de primeiro-ministro da Guiné-Conakry.
A escolha do porta-voz das "Forças Vivas" e líder da União para o Progresso da Guiné (UPG), aprovada, segunda- feira à noite, pelo Presidente interino, o general Sékouba Konaté, em Ouagadougou, no Burkina Faso, responde às expectativas dos partidos políticos que "os sindicalistas queriam distrair ao impor a sua candidata".
O primeiro vice-presidente da UFDG garante que o dispositivo que conduziu à nomeação de dois vice- primeiros-ministros, nomeadamente a sindicalista Hadja Rabiatou Sérah Diallo e o general Mamadouba "Toto" Camara, primeiro vice-presidente do Conselho Nacional para a Democracia e Desenvolvimento (CNDD, junta no poder) e ministro da Segurança, dá igualmente satisfação ao fórum das "Forças Vivas".
O próximo Governo de União Nacional, que deverá organizar as eleições dentro de seis meses, será constituído por 10 representantes dos partidos políticos, 10 das quatro províncias naturais e 10 outros da junta no poder.
O líder da junta, o capitão Moussa Dadis Camara, que falou, domingo último, pela primeira vez desde a tentativa de assassinato contra a sua pessoa, a 3 de Dezembro último, declarou na capital burkinabe conceder "todo o seu apoio" ao ministro da Defesa, o general Sekouba Konaté, para formar um Governo de União Nacional.
"Ninguém me obrigou a fazer este discurso nem me impôs o seu ponto de vista.
(?)Insto todos os meus próximos colaboradores a conceder o seu apoio total ao general Konaté que veio visitar-me em Rabat, em Marrocos, durante a minha hospitalização, e onde decidimos sobre todos os assuntos susceptíveis de restabelecer a paz na Guiné- Conakry", disse Dadis Camará, algumas horas após a assinatura dum protocolo de acordo entre ele, o general Konaté e o Presidente burkinabe Blaise Compaoré, medianeiro na crise conakry-guineense.