PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
UA preocupada com impasse no Zimbabwe e na Eritreia
Addis Abeba- Etiópia (PANA) -- A ausência de progressos para a paz no Zimbabwe, no Sara Ocidental e no litígio fronteiriço entre a Eritreia e o Djibuti, actualmente classificado na quarta categoria dos pontos tensos em África, chamou a atenção da União Africana (UA).
Numa entrevista exclusiva à PANA, o comissário da UA para a Paz e Segurança, Ramtane Lamamra, declarou que a ausência de progressos para a paz nestas regiões faz parte das fontes de conflitos que a UA decide resolver.
"Existe uma tendência geral para uma África mais pacífica e mais estável, profundamente empenhada na manutenção da paz e segurança.
Existe um grupo de países onde a situação é estável doravante, como a Serra Leoa, as ilhas Comores e a Libéria", declarou Lamamra.
Ao falar alguns dias antes de apresentar um relatório especial aos líderes africanos esperados para uma série de reuniões sobre a situação de segurança em África e os desafios a ultrapassar no quadro das iniciativas de luta contra a pobreza, Lamamra declarou que é urgente pôr-se termo à situação de bloqueio no Zimbabwe, no Sara Ocidental e na fronteira entre a Eritreia e o Djibuti.
Ele congratulou-se no entanto com a evolução positiva da situação na República Democrática do Congo no quadro das suas relações com os seus vizinhos, esperando que em qualquer momento, se possa assistir a uma evolução significativa.
O Departamento da Paz e Segurança da UA classifica a crise política prevalecente no Zimbabwe na categoria quatro, dos Estados que não conseguiram digirir-se para a paz depois de as eleições presidenciais o terem mergulhado no caos.
O Zimbabwe devia formar um governo de união na sequência da assinatura dum acordo de partilha do poder entre o Governo e a oposição.
O líder do Movimento para a Mudança Democrática (principal partido da oposição), Morgan Tsvangirai, anunciou que se retirará das negociações se as exigências fundamentais do seu partido não forem aceites.
O Presidente zimbabweano, Robert Mugabe, largamente criticado por se recusar a qualquer compromisso, ameaça, por seu turno, formar um governo unilateral nos próximos dias.
A principal causa de desacordo entre eles é a recusa do Governo de abandonar o controlo de "ministérios chaves".
No Djibuti, tropas eritreias foram desdobradas neste país a revelia de uma ordem do Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU) de retirada destas tropas.
A tensão entre estes dois países foi abordada durante a Cimeira da União Africana (UA) na cidade egípcia de Charme El Cheikh realizada em Julho de 2008, cerca de seis meses depois de a Eritreia ter enviado as suas tropas ao território djibutiano.
A Eritreia rejeitou as tentativas do Conselho de Paz e Segurança da UA de se deslocar a esta região, ao passo que o Djibuti está a cooperar para tentar encontrar uma solução.
O responsável pelas Questões de Segurança da UA está, no entanto, optimista quanto à tendência para a paz no continente, com os pontos candentes como o Burundi, a Côte d'Ivoire, o Uganda e a República Centro-Africana que demonstram sinais "de saída de crise".
"São bons exemplos", declarou à PANA o embaixador Lamamra.
As outras regiões assoladas por distúrbios de África, incluindo a Somália e o Sudão, na quinta categoria das zonas em conflito no continente, vão provavelmente mudar rapidamente, segundo os sucessos das acções e dos esforços da UA, explicou o responsável da UA.
Porém, as tentativas ou os golpes de Estado militares efectivamente perpetrados na Guiné-Conakry, na Guiné-Bissau e na Mauritânia, considerados como os segundos piores crimes políticos, considerados comos próximos dos confitos de pequena amplitude e ligeiramente abaixo dos crimes graves como o terrorismo, estão igualmente no centro das preocupações de África em termos de segurança.
"Esta sexta categoria -o ressurgimento do fenómeno dos golpes de Estado, dos quais dois ocorreram com sucesso e um frustrado na Guiné- Bissau- é também um problema maior.
Não é casual que eles tenham sido todos registados na mesma sub-região.
É um sinal vermelho sobre o nosso ecrã", afirmou o comissário da UA para a Paz e Segurança.
Ele explicou que a Comissão estava igualmente fortemente preocupada com outros pequenos conflitos no Níger e no Mali.
"Não são conflitos de grande envergadura e abertos, mais há conflitos de pequena intensidade que ceifam vidas humas e que é preciso parar", alertou.
Ele classificou a tomada de reféns e os crimes transfronteiriços na região do Sahel como os conflitos da categoria oito.
Nesta categoria, o terrorismo, a tomada de reféns e os crimes transfronteiriços apareceram como uma ameaça à estabilidade.
A situação de conflito foi igualmente agravada pelo problema da pirataria ao longo das costas somalís que, segundo o comissário da UA, constitui um outro "fenómeno criminal" que ameaça a segurança de África.
Numa entrevista exclusiva à PANA, o comissário da UA para a Paz e Segurança, Ramtane Lamamra, declarou que a ausência de progressos para a paz nestas regiões faz parte das fontes de conflitos que a UA decide resolver.
"Existe uma tendência geral para uma África mais pacífica e mais estável, profundamente empenhada na manutenção da paz e segurança.
Existe um grupo de países onde a situação é estável doravante, como a Serra Leoa, as ilhas Comores e a Libéria", declarou Lamamra.
Ao falar alguns dias antes de apresentar um relatório especial aos líderes africanos esperados para uma série de reuniões sobre a situação de segurança em África e os desafios a ultrapassar no quadro das iniciativas de luta contra a pobreza, Lamamra declarou que é urgente pôr-se termo à situação de bloqueio no Zimbabwe, no Sara Ocidental e na fronteira entre a Eritreia e o Djibuti.
Ele congratulou-se no entanto com a evolução positiva da situação na República Democrática do Congo no quadro das suas relações com os seus vizinhos, esperando que em qualquer momento, se possa assistir a uma evolução significativa.
O Departamento da Paz e Segurança da UA classifica a crise política prevalecente no Zimbabwe na categoria quatro, dos Estados que não conseguiram digirir-se para a paz depois de as eleições presidenciais o terem mergulhado no caos.
O Zimbabwe devia formar um governo de união na sequência da assinatura dum acordo de partilha do poder entre o Governo e a oposição.
O líder do Movimento para a Mudança Democrática (principal partido da oposição), Morgan Tsvangirai, anunciou que se retirará das negociações se as exigências fundamentais do seu partido não forem aceites.
O Presidente zimbabweano, Robert Mugabe, largamente criticado por se recusar a qualquer compromisso, ameaça, por seu turno, formar um governo unilateral nos próximos dias.
A principal causa de desacordo entre eles é a recusa do Governo de abandonar o controlo de "ministérios chaves".
No Djibuti, tropas eritreias foram desdobradas neste país a revelia de uma ordem do Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU) de retirada destas tropas.
A tensão entre estes dois países foi abordada durante a Cimeira da União Africana (UA) na cidade egípcia de Charme El Cheikh realizada em Julho de 2008, cerca de seis meses depois de a Eritreia ter enviado as suas tropas ao território djibutiano.
A Eritreia rejeitou as tentativas do Conselho de Paz e Segurança da UA de se deslocar a esta região, ao passo que o Djibuti está a cooperar para tentar encontrar uma solução.
O responsável pelas Questões de Segurança da UA está, no entanto, optimista quanto à tendência para a paz no continente, com os pontos candentes como o Burundi, a Côte d'Ivoire, o Uganda e a República Centro-Africana que demonstram sinais "de saída de crise".
"São bons exemplos", declarou à PANA o embaixador Lamamra.
As outras regiões assoladas por distúrbios de África, incluindo a Somália e o Sudão, na quinta categoria das zonas em conflito no continente, vão provavelmente mudar rapidamente, segundo os sucessos das acções e dos esforços da UA, explicou o responsável da UA.
Porém, as tentativas ou os golpes de Estado militares efectivamente perpetrados na Guiné-Conakry, na Guiné-Bissau e na Mauritânia, considerados como os segundos piores crimes políticos, considerados comos próximos dos confitos de pequena amplitude e ligeiramente abaixo dos crimes graves como o terrorismo, estão igualmente no centro das preocupações de África em termos de segurança.
"Esta sexta categoria -o ressurgimento do fenómeno dos golpes de Estado, dos quais dois ocorreram com sucesso e um frustrado na Guiné- Bissau- é também um problema maior.
Não é casual que eles tenham sido todos registados na mesma sub-região.
É um sinal vermelho sobre o nosso ecrã", afirmou o comissário da UA para a Paz e Segurança.
Ele explicou que a Comissão estava igualmente fortemente preocupada com outros pequenos conflitos no Níger e no Mali.
"Não são conflitos de grande envergadura e abertos, mais há conflitos de pequena intensidade que ceifam vidas humas e que é preciso parar", alertou.
Ele classificou a tomada de reféns e os crimes transfronteiriços na região do Sahel como os conflitos da categoria oito.
Nesta categoria, o terrorismo, a tomada de reféns e os crimes transfronteiriços apareceram como uma ameaça à estabilidade.
A situação de conflito foi igualmente agravada pelo problema da pirataria ao longo das costas somalís que, segundo o comissário da UA, constitui um outro "fenómeno criminal" que ameaça a segurança de África.