PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Líbia, um "amigo de verdade" do Zimbabwe
Harare- Zimbabwe (PANA) -- O ditado popular segundo o qual "os verdadeiros amigos vêem-se em momentos difíceis" resume de forma apta o que a Líbia tem sido para com o Zimbabwe nos últimos anos.
Votado ao ostracismo por boa parte do mundo, particularmente o poderoso Ocidente, o Zimbabwe encontrou consolo em Tripoli que, de forma crucial, ofereceu a este país da África Austral uma "muleta" para poder manter-se de pé.
Com o Zimbabwe no auge da sua crise económica há alguns anos, a Líbia concedeu-lhe 360 milhões de dólares americanos de facilidade de combustível que permitiu ao país continuar a sobreviver.
Depois do corte das linhas de crédito e do apoio à sua balança económica na sequência de sanções, o Zimbabwe deixou de importar combustível por falta de fundos, resultando numa penúria severa do produto que ameaçou paralisar o país, em particular a economia nacional.
Foi nessa altura que a Líbia interveio, oferecendo os 360 milhões de dólares americanos de facilidade de combustível, o que habilitou o Zimbabwe a retomar a importação deste bem indispensável a partir daquele país da África do Norte.
De um dia para outro, a Líbia tornou-se assim no principal fornecedor do Zimbabwe com um abastecimento que cobria 70 porcento das necessidades do país neste domínio.
Mas Tripoli foi mais longe ainda nesta consolação do Zimbabwe.
Compreendendo que este último estava sem dinheiro para pagar o petróleo disponibilizado, a Líbia aceitou a permuta por vários produtos, incluindo a carne de vaca e de aves.
Como se não bastasse, a Líbia passou a aceitar, inclusive, pagamentos na moeda local zimbabweana, o hiperinflacionado dólar zimbabweano, para as entregas de combustíveis, fundos que mais tarde investiu em vários setores no país.
Tudo isso permitiu à Líbia investir na infraestrutura petrolífera no Zimbabwe como instalações de armazenamento e outros bens imobiliários.
A nação norte-africana também tem agora interesses na indústria turística zimbabweana através de participações em empresas selecionadas, e o acordo sobre combustíveis durou vários anos tornando-se no pilar da economia nacional zimbabweana.
Por conseguinte, alguns analistas admitem mesmo que se a Líbia não tivesse agido como agiu, o Zimbabwe estaria hoje irremediavelmente sucumbido.
Nos termos do acordo em questão, o Zimbabwe passou a dispor de 90 milhões de dólares americanos em combustível por trimestre, recuperando assim a sua capacidade de até 2001, quando os países ocidentais cortaram o seu apoio financeiro.
Em troca, o país foi exportando para a Líbia produtos como açúcar, café, tabaco e téxteis para além da carne bovina e aviária.
Entre os maiores beneficiários do acordo esteve a firma local Farirai Quality Foods, que ganhou um contrato em 2002 para exportar anualmente para a Líbia cinco mil toneladas de carne bovina no valor de 16 milhões 500 mil dólares americanos.
Foi um mercado alternativo mais do que oportuno, depois de a União Europeia (UE) banir a importação de carne do Zimbabwe por causa das suas reformas agrárias.
Até então, grande parte das exportações de carne bovina do país ia para a UE, que comprava nove mil e 100 toneladas anualmente.
Agora, a Líbia e o Zimbabwe estão a explorar formas de alargar os seus laços económicos a outros setores, incluindo a mineração.
Uma missão empresarial liderada por Saadi Muamar Kadafi, filho do líder líbio, Muamar Kadafi, visitou o Zimbabwe no mês passado, para identificar as oportunidades de negócios neste país da África Austral.
Saadi Muamar Kadafi volta a visitar o Zimbabwe ainda este mês com uma outra delegação empresarial, segundo a Embaixada líbia na capital zimbabweana, Harare.
Votado ao ostracismo por boa parte do mundo, particularmente o poderoso Ocidente, o Zimbabwe encontrou consolo em Tripoli que, de forma crucial, ofereceu a este país da África Austral uma "muleta" para poder manter-se de pé.
Com o Zimbabwe no auge da sua crise económica há alguns anos, a Líbia concedeu-lhe 360 milhões de dólares americanos de facilidade de combustível que permitiu ao país continuar a sobreviver.
Depois do corte das linhas de crédito e do apoio à sua balança económica na sequência de sanções, o Zimbabwe deixou de importar combustível por falta de fundos, resultando numa penúria severa do produto que ameaçou paralisar o país, em particular a economia nacional.
Foi nessa altura que a Líbia interveio, oferecendo os 360 milhões de dólares americanos de facilidade de combustível, o que habilitou o Zimbabwe a retomar a importação deste bem indispensável a partir daquele país da África do Norte.
De um dia para outro, a Líbia tornou-se assim no principal fornecedor do Zimbabwe com um abastecimento que cobria 70 porcento das necessidades do país neste domínio.
Mas Tripoli foi mais longe ainda nesta consolação do Zimbabwe.
Compreendendo que este último estava sem dinheiro para pagar o petróleo disponibilizado, a Líbia aceitou a permuta por vários produtos, incluindo a carne de vaca e de aves.
Como se não bastasse, a Líbia passou a aceitar, inclusive, pagamentos na moeda local zimbabweana, o hiperinflacionado dólar zimbabweano, para as entregas de combustíveis, fundos que mais tarde investiu em vários setores no país.
Tudo isso permitiu à Líbia investir na infraestrutura petrolífera no Zimbabwe como instalações de armazenamento e outros bens imobiliários.
A nação norte-africana também tem agora interesses na indústria turística zimbabweana através de participações em empresas selecionadas, e o acordo sobre combustíveis durou vários anos tornando-se no pilar da economia nacional zimbabweana.
Por conseguinte, alguns analistas admitem mesmo que se a Líbia não tivesse agido como agiu, o Zimbabwe estaria hoje irremediavelmente sucumbido.
Nos termos do acordo em questão, o Zimbabwe passou a dispor de 90 milhões de dólares americanos em combustível por trimestre, recuperando assim a sua capacidade de até 2001, quando os países ocidentais cortaram o seu apoio financeiro.
Em troca, o país foi exportando para a Líbia produtos como açúcar, café, tabaco e téxteis para além da carne bovina e aviária.
Entre os maiores beneficiários do acordo esteve a firma local Farirai Quality Foods, que ganhou um contrato em 2002 para exportar anualmente para a Líbia cinco mil toneladas de carne bovina no valor de 16 milhões 500 mil dólares americanos.
Foi um mercado alternativo mais do que oportuno, depois de a União Europeia (UE) banir a importação de carne do Zimbabwe por causa das suas reformas agrárias.
Até então, grande parte das exportações de carne bovina do país ia para a UE, que comprava nove mil e 100 toneladas anualmente.
Agora, a Líbia e o Zimbabwe estão a explorar formas de alargar os seus laços económicos a outros setores, incluindo a mineração.
Uma missão empresarial liderada por Saadi Muamar Kadafi, filho do líder líbio, Muamar Kadafi, visitou o Zimbabwe no mês passado, para identificar as oportunidades de negócios neste país da África Austral.
Saadi Muamar Kadafi volta a visitar o Zimbabwe ainda este mês com uma outra delegação empresarial, segundo a Embaixada líbia na capital zimbabweana, Harare.