PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Taxa de desemprego aumenta 1,5 porcento em Cabo Verde
Praia, Cabo Verde (PANA) – A taxa de desemprego em Cabo Verde subiu 1,5 porcento, ao passar de 10,7 porcento em 2010 para 12,2 porcento em 2011, segundo dados
divulgados esta terça-feira, na cidade da Praia, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Os concelhos mais atingidos pela taxa de desemprego foram São Vicente (18,3 porcento), Ribeira Grande de Santiago (15,3 porcento) e Praia (13,8 porcento), o principal centro populacional do arquipélago.
Os dados do INE indicam também que o número de desempregados continua a ser mais acentuado entre os 15 e os 24 anos, atingindo no ano passado 27,1 porcento, enquanto na faixa etária entre os 15 e os 34 anos (camada jovem) a taxa situou-se em 20,7 porcento.
Segundo a ministra cabo-verdiana da Juventude, Emprego, e Desenvolvimento dos Recursos Humanos, Janira Hopffer Almada, este aumento se deve "à crise financeira e económica internacional".
A ministra que tutela o setor do emprego garantiu que o Governo, “que assume esses dados com toda a responsabilidade, mas sem dramatismo", vai continuar a trabalhar para criar condições que aumentem a empregabilidade.
Entre as medidas preconizadas para diminuir a taxa de desemprego no país, Janira Hopffer Almada apontou o reforço de medidas ativas de emprego, nomeadamente a formação profissional, as bolsas de formação e emprego, os estágios profissionais, o micro-crédito e o autoemprego.
A flexibilização do mercado laboral em sede de Concertação Social para permitir a entrada de mais jovens no mercado de trabalho, sobretudo os que estão a terminar a sua formação profissional, ensino técnico ou superior, é outra das medidas que o Executivo cabo-verdiano pretende implementar para “estimular o investimento direto, seja nacional, seja estrangeiro” e aumentar a oferta de novos postos de trabalho.
A ministra anunciou que o Governo está a elaborar o código de incentivo ao investimento, ao mesmo tempo que vai também consolidar o papel da Agência para o Desenvolvimento Empresarial e Inovação (ADEI) para que esta instituição possa continuar a desenvolver o empreendedorismo e apoiar os pequenos e médios empresários cabo-verdianos.
A governante garantiu que as políticas públicas visando o fomento do emprego em Cabo Verde incluem a continuidade de investimentos em áreas importantes e inovadoras como agro-negócios, serviços financeiros, energias renováveis, pesca, pecuária, e especialmente no setor do turismo “para que até 2016 se atinja a meta de 750 mil turistas e gerar diretamente nove mil postos de trabalho”.
Janira Hopffer Almada chamou também a atenção para a necessidade do sector privado e da sociedade civil terem uma maior envolvência na criação do emprego em Cabo Verde, tarefa que, segundo ela, não depende só do Governo.
A partir de 2010, Cabo Verde passou a utilizar uma nova metodologia no cálculo do índice do desemprego, uma vez que, conforme explicou na altura o presidente do INE, António Duarte, o arquipélago faz parte de um grupo de sete "países piloto", entre eles o Senegal, a Côte d’Ivoire, os Camarões e o Gana, que passaram a utilizar a metodologia conhecida por "1-2-3" no inquérito ao emprego.
"Esta metodologia permite-nos ter uma comparabilidade, sobretudo com outras realidades, como, por exemplo, a União Europeia, como se utiliza em Portugal e em França, mas também com organismos internacionais, como o Banco Mundial e o Afristat (Observatório Económico e Estatístico da África Subsariana)", disse.
Os dados oficiais até disponíveis até essa altura indicavam que Cabo Verde tinha, em 2008 uma taxa de desemprego de 17,8 %, percentagem contestada pela oposição, que sustentava que o índice estava mal elaborado, uma vez que a percentagem real dos desempregados devia situar-se próximo dos 22 %, segundo ela.
Segundo o INE, pela abordagem antiga, a taxa de desemprego em 2010 seria de 20,9 % - 22 % no meio urbano e 17,9 % no rural.
-0- PANA CS/TON 25set2012
divulgados esta terça-feira, na cidade da Praia, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Os concelhos mais atingidos pela taxa de desemprego foram São Vicente (18,3 porcento), Ribeira Grande de Santiago (15,3 porcento) e Praia (13,8 porcento), o principal centro populacional do arquipélago.
Os dados do INE indicam também que o número de desempregados continua a ser mais acentuado entre os 15 e os 24 anos, atingindo no ano passado 27,1 porcento, enquanto na faixa etária entre os 15 e os 34 anos (camada jovem) a taxa situou-se em 20,7 porcento.
Segundo a ministra cabo-verdiana da Juventude, Emprego, e Desenvolvimento dos Recursos Humanos, Janira Hopffer Almada, este aumento se deve "à crise financeira e económica internacional".
A ministra que tutela o setor do emprego garantiu que o Governo, “que assume esses dados com toda a responsabilidade, mas sem dramatismo", vai continuar a trabalhar para criar condições que aumentem a empregabilidade.
Entre as medidas preconizadas para diminuir a taxa de desemprego no país, Janira Hopffer Almada apontou o reforço de medidas ativas de emprego, nomeadamente a formação profissional, as bolsas de formação e emprego, os estágios profissionais, o micro-crédito e o autoemprego.
A flexibilização do mercado laboral em sede de Concertação Social para permitir a entrada de mais jovens no mercado de trabalho, sobretudo os que estão a terminar a sua formação profissional, ensino técnico ou superior, é outra das medidas que o Executivo cabo-verdiano pretende implementar para “estimular o investimento direto, seja nacional, seja estrangeiro” e aumentar a oferta de novos postos de trabalho.
A ministra anunciou que o Governo está a elaborar o código de incentivo ao investimento, ao mesmo tempo que vai também consolidar o papel da Agência para o Desenvolvimento Empresarial e Inovação (ADEI) para que esta instituição possa continuar a desenvolver o empreendedorismo e apoiar os pequenos e médios empresários cabo-verdianos.
A governante garantiu que as políticas públicas visando o fomento do emprego em Cabo Verde incluem a continuidade de investimentos em áreas importantes e inovadoras como agro-negócios, serviços financeiros, energias renováveis, pesca, pecuária, e especialmente no setor do turismo “para que até 2016 se atinja a meta de 750 mil turistas e gerar diretamente nove mil postos de trabalho”.
Janira Hopffer Almada chamou também a atenção para a necessidade do sector privado e da sociedade civil terem uma maior envolvência na criação do emprego em Cabo Verde, tarefa que, segundo ela, não depende só do Governo.
A partir de 2010, Cabo Verde passou a utilizar uma nova metodologia no cálculo do índice do desemprego, uma vez que, conforme explicou na altura o presidente do INE, António Duarte, o arquipélago faz parte de um grupo de sete "países piloto", entre eles o Senegal, a Côte d’Ivoire, os Camarões e o Gana, que passaram a utilizar a metodologia conhecida por "1-2-3" no inquérito ao emprego.
"Esta metodologia permite-nos ter uma comparabilidade, sobretudo com outras realidades, como, por exemplo, a União Europeia, como se utiliza em Portugal e em França, mas também com organismos internacionais, como o Banco Mundial e o Afristat (Observatório Económico e Estatístico da África Subsariana)", disse.
Os dados oficiais até disponíveis até essa altura indicavam que Cabo Verde tinha, em 2008 uma taxa de desemprego de 17,8 %, percentagem contestada pela oposição, que sustentava que o índice estava mal elaborado, uma vez que a percentagem real dos desempregados devia situar-se próximo dos 22 %, segundo ela.
Segundo o INE, pela abordagem antiga, a taxa de desemprego em 2010 seria de 20,9 % - 22 % no meio urbano e 17,9 % no rural.
-0- PANA CS/TON 25set2012