OMS alerta para doenças não transmissíveis mortais em São Tomé e Príncipe
São Tomé,São Tomé e Príncipe (PANA) - Doenças não transmissíveis são atualmente, em São Tomé e Príncipe, um problema grave de saúde publica, sendo asim a principal causa de mortalidade no país, alertou no fim de semana a Organização Mundial da Saúde (OMS).
O alerta foi dado no fim de semana em São Tomé, pela consultora da OMS no país, Sara Perreira, quando apresentava um estudo sobre estas patologias.
Defendeu que os parceiros de cooperação de São Tomé e Príncipe devem apoiar o setor dos cuidados primários de saúde, com a finalidade de inverter o quadro atual.
Sem apontar números, a medica portuguesa qualificou de "grave" o número de pessoas que sofrem de doenças cardiovasculares, como a hipertensão arterial, bem como diabetes e cancros em São Tomé e Príncipe.
Sublinhou a necessidade de o país adotar políticas que possam inverter a situação atual no sentido de permitir a diminuição da taxa de mortalidade, por causa das doenças não transmissíveis que, segundo disse, "podem ser evitadas.”
“As doenças não transmissíveis são atualmente responsáveis por 60 por cento de todas as mortes e representam não só uma crise sanitária, mas também uma crise socioeconómica e de desenvolvimento“, alertou o estudo em apreço.
Por outro lado, a fonte informou que 30 a 55 por cento dos pobres estão à margem do sistema, sem meios para pagarem pela saúde.
54 por cento dos agregados familiares não têm dinheiro para comprar medicamentos de que necessitam e que 10 por cento também não têm acesso aos serviços de que necessitam, disse.
Segundo Francoise Bigirimana, representante interina da OMS em São Tomé e Príncipe, esta Agência das Nações Unidas,” comprometeu-se a criar uma plataforma de coordenação dos parceiros da saúde para promover o diálogo entre os intervenientes que trabalham no setor da saúde, a fim de maximizar as sinergias e apoiar melhor os esforços nacionais para se atingir os objetivos de saúde.
A estratégia de cooperação entre a OMS e São Tomé e Príncipe, referente ao período 2023-2027, avaliado em 10.000.000 dólares americanos, é um compromisso da OMS de apoiar o arquipélago são-tomense.
O novo plano define prioridades como o reforço dos cuidados primários de saúde dos distritos a fim de se alcançar a cobertura universal de saúde, o reforço das capacidades exigidas pelo regulamento sanitário internacional para uma melhor prevenção, preparação e resposta às emergências.
Essas prioridades, prosseguiu, estão interligadas e alinhadas com o Plano Nacional de Desenvolvimento da saúde, referente ao perído 2023-2032.
-0- PANA RMG/DD 23julho2023