Greve dos trabalhadores do Mali paralisa Bamako
Bamako, Mali (PANA) - A greve de cinco dias desencadeada, desde segunda-feira, pela União Nacional dos Trabalhadores do Mali (UNTM), a maior central sindical do país, paralisou completamente as atividades na capital maliana, Bamako, onde quase todos os serviços públicos, bancos, alfândegas e impostos estão quase vazios, constatou no local a PANA.
O trânsito de terça-feira esteve fluido, em todas as principais artérias da cidade de Bamako, ao contrário dos dias de trabalho marcados por monstruosos engarrafamentos.
Esta greve foi seguida em quase 95 por cento, disse um membro da mesa central, visivelmente muito satisfeito com esta paralisação.
Segundo ele, esta paragem foi desencadeada pela incapacidade do Governo de pôr fim às disparidades em bónus e subsídios, tabelas salariais, desemprego maciço dos jovens e a incapacidade de resolver os problemas dos trabalhadores redimensionados e dos reformados voluntários.
De acordo com um comunicado de imprensa da UNTM, a isso acrescem-se decisões impopulares que tornam hipotética a participação popular no trabalho das Autoridades de Transição, uma vez que a central sindical foi ignorada durante a recente criação do Conselho Nacional de Transição, o órgão legislativo da transição.
"Somos uma força silenciosa. Ameaças, intimidação e difamação não nos assustam e não nos desviam dos nossos objetivos comuns", advertiu a secretária-geral da UNTM, Yacouba Katilé.
Esta greve surge após o fracasso das negociações entre o Governo e a UNTM, a 10 de dezembro de 2020.
-0- PANA GT/JSG /DIM/IZ 15dez2020