PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
UA em campanha contra casamentos impostos a menores de idade
Addis Abeba, Etiópia (PANA) - Uma campanha visando interromper os casamentos forçados bem como a discriminação contra as menores opostas a estes casamentos em África foi lancada em Addis Abeba sob a egide da Uniao Africana.
A prática que consiste em tirar meninas da escola e enviá-las a esposos antes da idade adulta provocou numerosas amarguras maternas ligadas ao parto e que ocorreram a numerosas mulheres em África.
No mesmo contexto, o vice-primeiro-ministro etíope, Demeke Mekonnen, convocou oficialmente quinta-feira uma reunião ministerial de 48 horas consagrada às medidas a tomar para proteger estes grupos vulneráveis.
"Esta campanha pode criar um movimento que afeta todas as comunidades para produzir resultados tangíveis", declarou o diretor-executivo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Martin Mogwanja.
Agências onusinas advertem que os casamentos precoces provocam o isolamento das raparigas e uma separação indesejável com das suas famílias e dos seus amigos.
As meninas opostas a tais práticas fazem face a ameaças de morte, nomeadamente pela lapidação, quando acusadas de desrespeitar as suas famílias, denunciam.
"O casamento precoce é uma ameaça grave. É uma violação dos direitos fundamentais da menina", disse Julitta Onabanjo, diretora regional do Fundo das Nações Unidas para a População (FNUAP).
"Não podemos deixar os casamentos precoces aniquilar o pleno potencial das raparigas", acrescentou.
A campanha da UA visará dez países de África onde os casos de casamentos precoces vão de 30 a 70 porcento.
Ela foi lançada numa altura em que os ministros dos Assuntos Sociais abriram o seu debate com base num plano que analisa os desafios ligados à família, nomeadamente à proteção das pessoas idosas, das pessoas portadoras de deficiências e das meninas vulneráveis.
O plano visa melhorar os serviços destinados a todas as categorias da sociedade, particularmente depois de a pesquisa ter mostrado que a pobreza no seio da família encoraja os seus membros a recorrerem a tais práticas como compensação.
"O lançamento da campanha testemunha que as raparigas em África se exprimem e que a UA as ouve", indicou Nyaradzayi Gumbonzvanda, embaixador de boa vontade da UA para esta campanha.
Durante esta campanha de dois anos, as agências onusinas e várias organizações internacionais se comprometem a controlar o ritmo dos progressos realizados e pedir aos responsáveis governamentais contas se não agirem.
"Devemos trabalhar a nível comunitário para melhorarmos a prevenção. Necessitamos duma resposta urgente para pararmos o casamento de 39 mil meninas todos os dias levando apoio e proteção para qualquer emergência", acrescentou Gumbonzanda.
Segundo o comissário da UA encarregue dos Assuntos Sociais, Mustapha Kalolo, o lançamento desta operação inscreve-se no quadro dos esforços dos dirigentes africanos para se certificarem de que o crescimento económico beneficia todos os grupos mais vulneráveis.
-0- PANA AO/SEG/NFB/JSG/MAR/DD 31maio2014
A prática que consiste em tirar meninas da escola e enviá-las a esposos antes da idade adulta provocou numerosas amarguras maternas ligadas ao parto e que ocorreram a numerosas mulheres em África.
No mesmo contexto, o vice-primeiro-ministro etíope, Demeke Mekonnen, convocou oficialmente quinta-feira uma reunião ministerial de 48 horas consagrada às medidas a tomar para proteger estes grupos vulneráveis.
"Esta campanha pode criar um movimento que afeta todas as comunidades para produzir resultados tangíveis", declarou o diretor-executivo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Martin Mogwanja.
Agências onusinas advertem que os casamentos precoces provocam o isolamento das raparigas e uma separação indesejável com das suas famílias e dos seus amigos.
As meninas opostas a tais práticas fazem face a ameaças de morte, nomeadamente pela lapidação, quando acusadas de desrespeitar as suas famílias, denunciam.
"O casamento precoce é uma ameaça grave. É uma violação dos direitos fundamentais da menina", disse Julitta Onabanjo, diretora regional do Fundo das Nações Unidas para a População (FNUAP).
"Não podemos deixar os casamentos precoces aniquilar o pleno potencial das raparigas", acrescentou.
A campanha da UA visará dez países de África onde os casos de casamentos precoces vão de 30 a 70 porcento.
Ela foi lançada numa altura em que os ministros dos Assuntos Sociais abriram o seu debate com base num plano que analisa os desafios ligados à família, nomeadamente à proteção das pessoas idosas, das pessoas portadoras de deficiências e das meninas vulneráveis.
O plano visa melhorar os serviços destinados a todas as categorias da sociedade, particularmente depois de a pesquisa ter mostrado que a pobreza no seio da família encoraja os seus membros a recorrerem a tais práticas como compensação.
"O lançamento da campanha testemunha que as raparigas em África se exprimem e que a UA as ouve", indicou Nyaradzayi Gumbonzvanda, embaixador de boa vontade da UA para esta campanha.
Durante esta campanha de dois anos, as agências onusinas e várias organizações internacionais se comprometem a controlar o ritmo dos progressos realizados e pedir aos responsáveis governamentais contas se não agirem.
"Devemos trabalhar a nível comunitário para melhorarmos a prevenção. Necessitamos duma resposta urgente para pararmos o casamento de 39 mil meninas todos os dias levando apoio e proteção para qualquer emergência", acrescentou Gumbonzanda.
Segundo o comissário da UA encarregue dos Assuntos Sociais, Mustapha Kalolo, o lançamento desta operação inscreve-se no quadro dos esforços dos dirigentes africanos para se certificarem de que o crescimento económico beneficia todos os grupos mais vulneráveis.
-0- PANA AO/SEG/NFB/JSG/MAR/DD 31maio2014