PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Ativistas africanos criticam acordo de Copenhaga
Dar es Salaam, Tanzânia (PANA) – Os militantes africanos da mudança climática participantes na 18ª Conferência das Partes Signatárias (COP18) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança Climática em Doha, no Qatar, indicaram que o desejo dos países desenvolvidos de limitar o aumento das temperaturas a menos de 1,5 graus celsius denotava "falta de ambição".
Durante a COP15 em Copenhaga, na Dinamarca, a 18 de dezembro de 2009, as partes signatárias do Protocolo de Quioto decidiram, no quadro do acordo de Copenhaga, tomar medidas que limitariam os aumentos de temperatura para 1,5 graus celsius.
Mas, na COP 18 as organizações africanas da sociedade civil, no quadro da Aliança Pan-africana para a Justiça Climática (PACJA), notaram com preocupação que apesar de que algumas promessas foram respeitadas sobre os objetivos quantificados de limitação e de redução das emissões (QELROs), há uma espécie de indiferença por parte dos países desenvolvidos na aplicação do Acordo de Copenhaga.
Por exemplo, elas sublinharam que mesmo se a Austrália, o Cazaquistão e o Liechtenstein atingiram respetivamente 99,5 porcento, 90 porcento e 84 porcento destes objetivos, comparado ao nível dos anos 90, estes três países impuseram condições que com as ações de outros países vão continuar a obstruir estas reduções essenciais para ter um impacto sobre os níveis de concentração de gás com efeito de estufa na atmosfera.
« Nós pedimos que as Partes do Anexo 1 enquanto grupo reduzam as suas emissões de GES em pelo menos 40 porcento em relação aos níveis de 1990 até 2017 para o segundo período de compromisso no quadro do Protocolo de Quioto e em pelo menos 100 porcento abaixo dos níveis de 1990 até 2050 », declarou a PACJA num comunicado.
Para atingir este resultado, a Aliança afirma ser necessário mudar a situação atual em que as negociações não progridem e não consideram a urgência da situação.
Além disso, os princípios da responsabilidade comum mais diferenciada, do esforço comparável e da equidade devem estar no centro de todas as ações dos países desenvolvidos e em desenvolvimento, defenderam os ativistas.
Os ativistas africanos instaram igualmente os países não signatárias do Protocolo de Quioto a ratificar a COP 18.
Eles pediram igualmente que a agricultura seja objeto dum outro tratamento em Doha não sendo mais considerada como um domínio de redução das emissões para os PMA (Países Menos Avançados), mas como um setor que precisa dum reforço urgente da sua resiliência aos impactos da mudança climática.
"Está provado que a agricultura e a pecuária são os pilares da maioria das economias africanas e que eles garantem a subsistência dos habitantes do continente", indicaram.
Segundo os ativistas, "está reconhecido igualmente que os impactos da mudança climática serão mais graves para a agricultura pluvial e a pecuária em África".
-0- PANA AR/VAO/FJG/JSG/SOC/FK/TON 3dez2012
Durante a COP15 em Copenhaga, na Dinamarca, a 18 de dezembro de 2009, as partes signatárias do Protocolo de Quioto decidiram, no quadro do acordo de Copenhaga, tomar medidas que limitariam os aumentos de temperatura para 1,5 graus celsius.
Mas, na COP 18 as organizações africanas da sociedade civil, no quadro da Aliança Pan-africana para a Justiça Climática (PACJA), notaram com preocupação que apesar de que algumas promessas foram respeitadas sobre os objetivos quantificados de limitação e de redução das emissões (QELROs), há uma espécie de indiferença por parte dos países desenvolvidos na aplicação do Acordo de Copenhaga.
Por exemplo, elas sublinharam que mesmo se a Austrália, o Cazaquistão e o Liechtenstein atingiram respetivamente 99,5 porcento, 90 porcento e 84 porcento destes objetivos, comparado ao nível dos anos 90, estes três países impuseram condições que com as ações de outros países vão continuar a obstruir estas reduções essenciais para ter um impacto sobre os níveis de concentração de gás com efeito de estufa na atmosfera.
« Nós pedimos que as Partes do Anexo 1 enquanto grupo reduzam as suas emissões de GES em pelo menos 40 porcento em relação aos níveis de 1990 até 2017 para o segundo período de compromisso no quadro do Protocolo de Quioto e em pelo menos 100 porcento abaixo dos níveis de 1990 até 2050 », declarou a PACJA num comunicado.
Para atingir este resultado, a Aliança afirma ser necessário mudar a situação atual em que as negociações não progridem e não consideram a urgência da situação.
Além disso, os princípios da responsabilidade comum mais diferenciada, do esforço comparável e da equidade devem estar no centro de todas as ações dos países desenvolvidos e em desenvolvimento, defenderam os ativistas.
Os ativistas africanos instaram igualmente os países não signatárias do Protocolo de Quioto a ratificar a COP 18.
Eles pediram igualmente que a agricultura seja objeto dum outro tratamento em Doha não sendo mais considerada como um domínio de redução das emissões para os PMA (Países Menos Avançados), mas como um setor que precisa dum reforço urgente da sua resiliência aos impactos da mudança climática.
"Está provado que a agricultura e a pecuária são os pilares da maioria das economias africanas e que eles garantem a subsistência dos habitantes do continente", indicaram.
Segundo os ativistas, "está reconhecido igualmente que os impactos da mudança climática serão mais graves para a agricultura pluvial e a pecuária em África".
-0- PANA AR/VAO/FJG/JSG/SOC/FK/TON 3dez2012