PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Presidente francês adverte de motins da fome
Addis Abeba, Etiópia (PANA) – O Presidente francês, Nicolas Sarkozy, advertiu firmemente domingo em Addis Abeba, na abertura da XVI cimeira da União Africana (UA), de novos motins da fome, acusando especuladores de provocar a volatilidade dos preços dos produtos agrícolas.
"Enquanto uma grave crise alimentar ameaça de novo, dois anos após os motins da fome em 2008, ao passo que cerca de um milhar de seres humanos estão desnutridos, a segurança alimentar deve ser a nossa prioridade", afirmou o Presidente Sarkozy ao se dirigir aos chefes de Estado e de Governo africanos reunidos na capital etíope para o mesmo encontro.
Ao apresentar o seu plano para a segurança alimentar, o Presidente francês, que assume este ano a dupla Presidência do G-8 e do G-20, exortou a comunidade internacional a prosseguir e a reforçar o orçamento das despesas públicas e privadas consagradas à agricultura.
"A contribuição dos projetos agrícolas para o orçamento dos bancos de desenvolvimento duplicou, passando de cinco para 10 porcento. É preciso ir mais longe. Para satisfazer as necessidades alimentares de nove biliões de seres humanos em 2050, a produção agrícola mundial deverá aumentar 70 porcento nos próximos 40 anos", defendeu.
Ele acusou, por outro lado, os mercados de provocar penúrias artificiais dos produtos de primeira necessidade para aumentar os preços agrícolas.
"A variabilidade dos preços agrícolas foi multiplicada por três em 20 anos, com a financiamento crescente dos mercados agrícolas. Os preços estão ao mais alto nível e as primeiras vítimas são os países mais pobres. É preciso regular os mercados derivados dos produtos agrícolas", defendeu Sarkozy.
Ele considera ser preciso aumentar a transparência das informações sobre as produções e os stocks ao coordenar as políticas agrícolas logo que uma penúria dos produtos ameaçe o mundo.
O Presidente francês defendeu igualmente uma mobilização dos stocks de emergência e a instalação dum sistema de seguro a favor dos países mais pobres.
"Porque não se reflete sobre como permitir aos países em desenvolvimento acederem a instrumentos de cobertura contra as variações de preços ou eventos meteorológicos que podem afetar as colheitas ?", interrogou-se o Presidente francês.
Vários países africanos, dos quais o Burkina Faso, a Côte d'Ivoire e os Camarões, registaram motins da fome em 2008, devido nomeadamente à subida dos preços dos produtos agrícolas.
O preço de arroz, alimento básico nos paises sahelianos, registou, por exemplo, um aumento de cerca de 50 porcento no mercado internacional em 2008.
-0- PANA SEI/TBM/IBA/FK/DD 31jan2011
"Enquanto uma grave crise alimentar ameaça de novo, dois anos após os motins da fome em 2008, ao passo que cerca de um milhar de seres humanos estão desnutridos, a segurança alimentar deve ser a nossa prioridade", afirmou o Presidente Sarkozy ao se dirigir aos chefes de Estado e de Governo africanos reunidos na capital etíope para o mesmo encontro.
Ao apresentar o seu plano para a segurança alimentar, o Presidente francês, que assume este ano a dupla Presidência do G-8 e do G-20, exortou a comunidade internacional a prosseguir e a reforçar o orçamento das despesas públicas e privadas consagradas à agricultura.
"A contribuição dos projetos agrícolas para o orçamento dos bancos de desenvolvimento duplicou, passando de cinco para 10 porcento. É preciso ir mais longe. Para satisfazer as necessidades alimentares de nove biliões de seres humanos em 2050, a produção agrícola mundial deverá aumentar 70 porcento nos próximos 40 anos", defendeu.
Ele acusou, por outro lado, os mercados de provocar penúrias artificiais dos produtos de primeira necessidade para aumentar os preços agrícolas.
"A variabilidade dos preços agrícolas foi multiplicada por três em 20 anos, com a financiamento crescente dos mercados agrícolas. Os preços estão ao mais alto nível e as primeiras vítimas são os países mais pobres. É preciso regular os mercados derivados dos produtos agrícolas", defendeu Sarkozy.
Ele considera ser preciso aumentar a transparência das informações sobre as produções e os stocks ao coordenar as políticas agrícolas logo que uma penúria dos produtos ameaçe o mundo.
O Presidente francês defendeu igualmente uma mobilização dos stocks de emergência e a instalação dum sistema de seguro a favor dos países mais pobres.
"Porque não se reflete sobre como permitir aos países em desenvolvimento acederem a instrumentos de cobertura contra as variações de preços ou eventos meteorológicos que podem afetar as colheitas ?", interrogou-se o Presidente francês.
Vários países africanos, dos quais o Burkina Faso, a Côte d'Ivoire e os Camarões, registaram motins da fome em 2008, devido nomeadamente à subida dos preços dos produtos agrícolas.
O preço de arroz, alimento básico nos paises sahelianos, registou, por exemplo, um aumento de cerca de 50 porcento no mercado internacional em 2008.
-0- PANA SEI/TBM/IBA/FK/DD 31jan2011