OMS precisa de $ 66 milhões para impedir propagação de Ébola da RDC para países vizinhos
Kigali, Rwanda (PANA) – A Organização Mundial da Saúde (OMS) precisa de 66 milhões de dólares americanos para realizar atividades urgentes e obter um financiamento necessário para impedir a propagação da epidemia do vírus de Ébola declarada na República Democrática do Congo (RDC) para países vizinhos, nomeadamente o Rwanda, soube a PANA de fonte oficial em Kigali.
"As contribuições financeiras e naturais fornecidas até ao momento por parceiros nacionais e internacionais a numerosos atores que lidam com a problemática do vírus de Ébola são um fator fundamental dos progressos realizados até ao presente, mas é preciso fazer-se muito mais”, declarou a OMS num comunicado transmitido à PANA em Kigali.
Durante o lançamento do plano regional de preparação das Nações Unidas para enfrentar a doença, foi anunciado que a Representação Regional da OMS para África continua a dirigir todos os aspetos técnicos da preparação para se enfrentar o vírus de Ébola na região.
A representação da OMS desempenha um papel determinante na preparação e no apoio às suas representações locais e aos Governos em todos os países de risco, lê-se na nota.
No quadro destes esforços, o Rwanda já instalou câmaras térmicas em alguns pontos de entrada nas zonas de risco para reforçar o controlo do vírus.
Segundo algumas informações, quase 12 câmaras foram instaladas em vários pontos de entrada, nomeadamente em alguns postos fronteiriços com a RD Congo e no aeroporto internacional de Kigali.
Segundo o Centro Biomédico do Rwanda (RBC), as câmaras utilizadas para se medir a temperatura detetam pessoas suscetíveis de ter febre e podem alertar responsáveis sanitários nos pontos de entrada.
Acrescentou que este desenvolvimento permitirá acelerar o processo de controlo dos viajantes.
Até ao momento, hospitais rwandeses organizaram exercícios de simulação da epidemia do vírus de Ébola junto de trabalhadores sanitários de primeira linha a fim de reforçarem as suas capacidades de prevenir e controlar a patologia, em caso de epidemia no país.
Os últimos relatórios da agência das Nações Unidas indicam que, no total, três mil 145 casos foram registados, dos quais três mil e 34 confirmados e 111 prováveis, dos quais duas mil 103 pessoas morreram no leste da RD Congo.
Estimativas das autoridades sanitárias indicam que a resposta a este flagelo na RDC continua estorvada pela insegurança persistente, por distúrbios, pelas zonas de resistência da comunidade e por défices financeiros.
-0- PANA TWA/VAO/AKA/IS/SOC/FK/DD 26set2019