PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
OMS deplora enorme défice de pessoal médico qualificado na África Subsariana
Kigali, Rwanda (PANA) – A epidemia da febre hemorrágica do vírus do Ébola que abala vários países da África Ocidental é agravada pela penúria de pessoal de saúde enquanto quase um terço dos estudantes de medicina e enfermagem nos países em desenvolvimento não pretendem regressar às suas pátrias após a obtenção dos seus diplomas, nota a Organização Mundial da Saúde (OMS) num novo relatório cuja cópia foi transmitida esta quarta-feira à PANA em Kigali.
Segundo a OMS, as penúrias de trabalhadores de saúde eram um fator maior da epidemia atual do vírus do Ébola na África Ocidental, onde a doença se propagou rapidamente nas regiõs rurais de três países que figuram entre os mais pobres do mundo, nomeadamente a Guiné Conakry, a Serra Leoa e a Libéria.
Por outro lado, este novo estudo publicado pelo Boletim da OMS fornece igualmente novas provas que ressaltam as recomendações relativas à contratação e à retenção dos trabalhadores médicos nas zonas rurais, incluindo a admissão de estudantes de medicina e enfermagem de origem rural.
O principal autor desta pesquisa, David Silvestri, médico no Hospital de Massachussetts (Estados Unidos), afirmou, no entanto, que, apesar desta situação atual, investimentos consideráveis foram realizados nestes últimos anos para desenvolver a formação de pessoal de saúde nos países de fraco rendimento e nos países de rendimento intermédio.
« Infelizmente, não atribuímos suficiente atenção à contratação de estudantes mais suscetíveis de trabalhar nas zonas ruais, onde as necessidades em matéria de saúde são mais importantes », deplorou, afirmando que uma proporção importante destes investimentos acrescidos pode ser utilizada para formar pessoas que apenas aspiram emigrar após a sua formação.
Segundo estatísticas oficiais do Banco Mundial (BM), os países da África Subsariana têm em média dois médicos e 11 enfermeiras ou parteiras para 10 mil pessoas, contra 30 médicos e 84 enfermeiras ou parteiras nos países de rendimento elevado.
Para remediar à penúria e à má distribuição dos trabalhadores de saúde nos países em desenvolvimento, a OMS criou a Aliança Mundial para o Pessoal de Saúde em 2006, uma parceria consagrada a estas questões.
Desde o ano de 2010, esta aliança publicou o código mundial de práticas para a contratação do pessoal de saúde da OMS, bem como recomendações relativas à contratação e à retenção do pessoal de saúde nas zonas rurais.
A epidemia da febre hemorrágica do vírus do Ébola matou cerca de metade das seis mil e 500 pessoas infetadas, segundo o último balanço da OMS publicado esta semana.
-0- PANA TWA/JSG/IBA/FK/TON 01out2014
Segundo a OMS, as penúrias de trabalhadores de saúde eram um fator maior da epidemia atual do vírus do Ébola na África Ocidental, onde a doença se propagou rapidamente nas regiõs rurais de três países que figuram entre os mais pobres do mundo, nomeadamente a Guiné Conakry, a Serra Leoa e a Libéria.
Por outro lado, este novo estudo publicado pelo Boletim da OMS fornece igualmente novas provas que ressaltam as recomendações relativas à contratação e à retenção dos trabalhadores médicos nas zonas rurais, incluindo a admissão de estudantes de medicina e enfermagem de origem rural.
O principal autor desta pesquisa, David Silvestri, médico no Hospital de Massachussetts (Estados Unidos), afirmou, no entanto, que, apesar desta situação atual, investimentos consideráveis foram realizados nestes últimos anos para desenvolver a formação de pessoal de saúde nos países de fraco rendimento e nos países de rendimento intermédio.
« Infelizmente, não atribuímos suficiente atenção à contratação de estudantes mais suscetíveis de trabalhar nas zonas ruais, onde as necessidades em matéria de saúde são mais importantes », deplorou, afirmando que uma proporção importante destes investimentos acrescidos pode ser utilizada para formar pessoas que apenas aspiram emigrar após a sua formação.
Segundo estatísticas oficiais do Banco Mundial (BM), os países da África Subsariana têm em média dois médicos e 11 enfermeiras ou parteiras para 10 mil pessoas, contra 30 médicos e 84 enfermeiras ou parteiras nos países de rendimento elevado.
Para remediar à penúria e à má distribuição dos trabalhadores de saúde nos países em desenvolvimento, a OMS criou a Aliança Mundial para o Pessoal de Saúde em 2006, uma parceria consagrada a estas questões.
Desde o ano de 2010, esta aliança publicou o código mundial de práticas para a contratação do pessoal de saúde da OMS, bem como recomendações relativas à contratação e à retenção do pessoal de saúde nas zonas rurais.
A epidemia da febre hemorrágica do vírus do Ébola matou cerca de metade das seis mil e 500 pessoas infetadas, segundo o último balanço da OMS publicado esta semana.
-0- PANA TWA/JSG/IBA/FK/TON 01out2014