PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Diáspora africana em França favorável à criação imediata dos Estados Unidos de África
Paris, França (PANA) – Um responsável importante da diáspora africana em França, Sidi Tidiane Guèye, pronunciou-se, quarta-feira, em Paris, para a criação imediata dos Estados Unidos de África, o único meio, a seu ver, para o continente fazer face aos desafios atuais.
« As hesitações duraram demasiado. É preciso criar aqui e agora os Estados Unidos de África. Devemos pensar em começar com um primeiro grupo de Estados pioneiros. Depois, os outros vão seguir. Deixemos de tergiversar e perder tempo », frisou Guèye numa entrevista à PANA.
O também presidente da Federação dos Trabalhadores Africanos em França (FETAF) criticou as « forças centrífugas » que atrasam o advento dos Estados Unidos de África e põem em perigo o futuro de gerações de Africanos.
« Ouve-se aqui e acolá pessoas invocarem a soberania nacional para rejeitar a criação dos Estados Unidos de África. Este argumento não tem fundamento. A soberania nacional apenas será reconhecida e reforçada no quadro da unidade do continente. África só será respeitada e ouvida quando ela falar duma só voz”, advertiu.
Ele pediu igualmente a formação imediatamente dum Governo africano suscetível de acelerar o processo de integração regional e ultrapassar os desafios de segurança no continente.
«A integração económica é certamente desejável, mas o que é prioritário é a integração política no quadro dum espaço interconetado continuando a aplicação do projeto dos Estados Unidos de África. Não há nenhuma alternativa para fazer face aos desafios como a segurança no Sahel, a luta contra a pobreza no continente », revelou o responsável da díaspora africana.
Segundo ele, a ausência de unidade explica amplamente o paradoxo africano dum continente rico em matérias primas mas que alberga o maior número de pessoas mais pobres no mundo.
«Em toda parte do mundom, a "lógica de maiores agrupamentos está a triunfar, África não pode funcionar inversamente. No nosso caso, a integração é tão facilima que as fronteiras são artificiais; elas nos foram impostas. Encontram-se em ambas os lados das fronteiras, os mesmos povos, os mesmos costumes e as mesmas realidades socioeconómicas”, sublinhou Guèye.
« Paremos de retardar a nossa integração política. A diáspora apela aos dirigentes do continente para que assumam a sua responsabilidade. A unidade africana é uma questão de vontade política ; devemos expressá-la”, acrescentou.
Após longas e laboriosas discussões, os chefes de Estado africanos decidiram transformar nos próximos meses a Comissão da União Africana (CUA) em Autoridade Africana, uma estrutura que precede teoricamente a formação dum Governo Continental.
Um relatório de etapa sobre a criação dos Estados Unidos deverá ser apresentado durante a próxima Cimeira da UA prevista para 29 a 30 de Junho próximos em Malabo, na Guiné Equatorial.
-0- PANA SEI/JSG/IBA/MAR/DD 10março2011
« As hesitações duraram demasiado. É preciso criar aqui e agora os Estados Unidos de África. Devemos pensar em começar com um primeiro grupo de Estados pioneiros. Depois, os outros vão seguir. Deixemos de tergiversar e perder tempo », frisou Guèye numa entrevista à PANA.
O também presidente da Federação dos Trabalhadores Africanos em França (FETAF) criticou as « forças centrífugas » que atrasam o advento dos Estados Unidos de África e põem em perigo o futuro de gerações de Africanos.
« Ouve-se aqui e acolá pessoas invocarem a soberania nacional para rejeitar a criação dos Estados Unidos de África. Este argumento não tem fundamento. A soberania nacional apenas será reconhecida e reforçada no quadro da unidade do continente. África só será respeitada e ouvida quando ela falar duma só voz”, advertiu.
Ele pediu igualmente a formação imediatamente dum Governo africano suscetível de acelerar o processo de integração regional e ultrapassar os desafios de segurança no continente.
«A integração económica é certamente desejável, mas o que é prioritário é a integração política no quadro dum espaço interconetado continuando a aplicação do projeto dos Estados Unidos de África. Não há nenhuma alternativa para fazer face aos desafios como a segurança no Sahel, a luta contra a pobreza no continente », revelou o responsável da díaspora africana.
Segundo ele, a ausência de unidade explica amplamente o paradoxo africano dum continente rico em matérias primas mas que alberga o maior número de pessoas mais pobres no mundo.
«Em toda parte do mundom, a "lógica de maiores agrupamentos está a triunfar, África não pode funcionar inversamente. No nosso caso, a integração é tão facilima que as fronteiras são artificiais; elas nos foram impostas. Encontram-se em ambas os lados das fronteiras, os mesmos povos, os mesmos costumes e as mesmas realidades socioeconómicas”, sublinhou Guèye.
« Paremos de retardar a nossa integração política. A diáspora apela aos dirigentes do continente para que assumam a sua responsabilidade. A unidade africana é uma questão de vontade política ; devemos expressá-la”, acrescentou.
Após longas e laboriosas discussões, os chefes de Estado africanos decidiram transformar nos próximos meses a Comissão da União Africana (CUA) em Autoridade Africana, uma estrutura que precede teoricamente a formação dum Governo Continental.
Um relatório de etapa sobre a criação dos Estados Unidos deverá ser apresentado durante a próxima Cimeira da UA prevista para 29 a 30 de Junho próximos em Malabo, na Guiné Equatorial.
-0- PANA SEI/JSG/IBA/MAR/DD 10março2011