PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
África do Sul desmente convite de Dhlakama para mediar em Moçambique
Maputo, Moçambique (PANA) – O Governo sul-africano refutou quarta-feira as declarações atribuídas a Afonso Dhlakama, líder do principal partido da oposição moçambicana (Renamo), de que o Presidente sul-africano, Jacob Zuma, teria manifestado prontidão para mediar no conflito político-militar em Moçambique.
“O que nós sabemos é que em Moçambique há um Governo constitucionalmente eleito e que há membros da oposição no Parlamento. Quando um membro do Parlamento convida o Governo sul-africano para mediar numa matéria interna, obviamente que nós, primeiramente, temos que ouvir do Governo.
"Mas, na verdade, não recebemos nenhum convite, nem da Renamo, nem do lado do Governo”, afirmou a ministra sul-africana dos Negócios Estrangeiros da África do Sul, Maite Mashabane, em Maputo.
Nas declarações em causa, datadas de janeiro último, Afonso Dhlakama é citado como tendo revelado que já tinha uma resposta favorável de Jacob Zuma e da Igreja Católica ao convite para mediação na crise política moçambicana.
"Só que (...) nestas coisas de mediação, sabem, é preciso que ambos os lados estejam disponíveis. É preciso que a Frelimo e o Governo demonstrem também esta boa vontade. E também tenho indicações que o Presidente Zuma está disposto a ajudar os irmãos moçambicanos”, teria afirmado o líder da Renamo.
De visita oficial a Moçambique, a chefe da diplomacia sul-africana foi recebida em audiência, em Maputo, a capital do país, pelo seu homólogo moçambicano, Oldemiro Baloi, com quem avaliou e perspetivou as relações de amizade e cooperação entre os dois países vizinhos.
Nas suas declarações à imprensa, Mashabane lembrou que os dois países já tinham decidido manter encontros regulares e consultas políticas, pelo que esta audiência teve a ver com isso.
Além da comissão binacional, lançada oficialmente pelos Presidentes Filipe Nyusi e Jacob Zuma, em finais do ano passado, os dois governantes falaram da conferência sobre mudanças climáticas, que decorreu em Paris, em dezembro ultimo.
“Falámos sobre a seca e sobre como podemos aceder aos fundos para utilizarmos no combate aos efeitos nefásticos da mudança climática. Os Presidentes Nyusi e Zuma concordaram que as relações entre Moçambique e África do Sul são excelentes e agora é tempo de os dois países relacionarem-se e cooperarem na área da diplomacia económica. E, de facto, nós, ao conversarmos, estivemos a falar também disso”, referiu.
Por seu turno, o ministro Baloi, que enalteceu as excelentes relações de cooperação entre os dois países, destacou a necessidade de haver uma cooperação em matéria de culturas resistentes à seca, prática em que entende que a África do Sul tem uma vasta experiência.
“É um dos domínios onde a cooperação é exatamente ver que tipo de culturas para um determinado tipo de situações. No caso de Moçambique, culturas resistentes à seca são uma prática que tem vindo a ser utilizada e divulgada, ainda não com resultados desejados, mas procurámos aprender também da África do Sul", afirmou.
-0- PANA AIM/IZ 11fev2016
“O que nós sabemos é que em Moçambique há um Governo constitucionalmente eleito e que há membros da oposição no Parlamento. Quando um membro do Parlamento convida o Governo sul-africano para mediar numa matéria interna, obviamente que nós, primeiramente, temos que ouvir do Governo.
"Mas, na verdade, não recebemos nenhum convite, nem da Renamo, nem do lado do Governo”, afirmou a ministra sul-africana dos Negócios Estrangeiros da África do Sul, Maite Mashabane, em Maputo.
Nas declarações em causa, datadas de janeiro último, Afonso Dhlakama é citado como tendo revelado que já tinha uma resposta favorável de Jacob Zuma e da Igreja Católica ao convite para mediação na crise política moçambicana.
"Só que (...) nestas coisas de mediação, sabem, é preciso que ambos os lados estejam disponíveis. É preciso que a Frelimo e o Governo demonstrem também esta boa vontade. E também tenho indicações que o Presidente Zuma está disposto a ajudar os irmãos moçambicanos”, teria afirmado o líder da Renamo.
De visita oficial a Moçambique, a chefe da diplomacia sul-africana foi recebida em audiência, em Maputo, a capital do país, pelo seu homólogo moçambicano, Oldemiro Baloi, com quem avaliou e perspetivou as relações de amizade e cooperação entre os dois países vizinhos.
Nas suas declarações à imprensa, Mashabane lembrou que os dois países já tinham decidido manter encontros regulares e consultas políticas, pelo que esta audiência teve a ver com isso.
Além da comissão binacional, lançada oficialmente pelos Presidentes Filipe Nyusi e Jacob Zuma, em finais do ano passado, os dois governantes falaram da conferência sobre mudanças climáticas, que decorreu em Paris, em dezembro ultimo.
“Falámos sobre a seca e sobre como podemos aceder aos fundos para utilizarmos no combate aos efeitos nefásticos da mudança climática. Os Presidentes Nyusi e Zuma concordaram que as relações entre Moçambique e África do Sul são excelentes e agora é tempo de os dois países relacionarem-se e cooperarem na área da diplomacia económica. E, de facto, nós, ao conversarmos, estivemos a falar também disso”, referiu.
Por seu turno, o ministro Baloi, que enalteceu as excelentes relações de cooperação entre os dois países, destacou a necessidade de haver uma cooperação em matéria de culturas resistentes à seca, prática em que entende que a África do Sul tem uma vasta experiência.
“É um dos domínios onde a cooperação é exatamente ver que tipo de culturas para um determinado tipo de situações. No caso de Moçambique, culturas resistentes à seca são uma prática que tem vindo a ser utilizada e divulgada, ainda não com resultados desejados, mas procurámos aprender também da África do Sul", afirmou.
-0- PANA AIM/IZ 11fev2016