UNESCO exige inquérito sobre assassinato de jornalista na Nigéria
Paris, França (PANA) – A diretora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), Audrey Azoulay, condenou o assassinato de Precious Owolabi, jovem repórter de televisão estagiário ocorrido a 22 de julho, em Abuja, a capital da Nigéria, e pediu a abertura de um inquérito sobre as circunstâncias da sua morte.
"Condeno o assassinato de Precious Owolabi. Conto com as autoridades para abrir um inquérito sobre as circunstâncias da morte de Owolabi e permitir que os jornalistas possam continuar a fazer o seu trabalho com toda a segurança”, declarou Audrey Azoulay sexta-feira.
Precious Owolabi, jornalista estagiário de 23 anos em serviço cívico na Channels Tv, uma das cadeias mais populares da Nigéria, foi morto a tiro quando cobria uma manifestação de protesto do Movimento Islâmico da Nigéria, uma organização radical chiita, para pedir a libertação do seu chefe, Ibrahim Zakzaky, detido desde dezembro de 2015.
A manifestação provocou confrontos entre os participantes e a Polícia, e pelo menos seis membros do movimento e um oficial da Polícia foram mortos além do jornalista.
A UNESCO promove a segurança dos jornalistas através de medidas de sensibilização mundial, reforço das capacidades, bem como aplicação do Plano de Ação das Nações Unidas sobre a segurança dos jornalistas e a questão da impunidade.
A organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) pediu igualmente a abertura de um inquérito rápido para identificar o autor do disparo e sublinhou que nenhum jornalista foi morto na Nigéria desde 2012 e que a impunidade não deve prevalecer.
"Disparar contra um jornalista no exercício das suas funções é um ato muito grave e as palavras reconfortáveis do Presidente não bastarão para fazer justiça a este jovem repórter abatido no exercício das suas funções”, considerou RSF.
-0- PANA BM/IS/SOC/MAR/IZ 29julho2019