Somália agradece ao Burundi solidariedade para seu território
Bujumbura, Burundi (PANA) - O Presidente somalí, Hassan Sheikh Mohamoud, agradeceu vivamente ao seu homólogo burundês, Evarist Ndayishimiye, os esforços do seu país para o restabelecimento da paz na Somália, soube a PANA de fonte oficial.
Hassan Sheikh Mohamoud expressou estes agradecimentos domingo em Bujumbura, onde se encontra desde domingo último, no quadro de uma visita de trabalho cuja duração não foi revelada.
A mesma tem a ver com questões de interesse bilateral e regional, segundo um comunicado final lido nas antenas da Rádio Pública do Burundi.
Ao nível bilateral, lê-se na nota, uma sessão da Comissão Mista de Cooperação entre os dois países, realizar-se-á brevemente.
A Comissão Mista é chamada a aprofundar os “excelentes laços de amizade e cooperação já existentes” entre as duas partes em vários setores, nomeadamente o comércio, investimentos, o turismo e a segurança.
No plano regional, o encontro entre os dois chefes de Estado foi dominado por questões de segurança.
O Burundi passa a ser o segundo país que mais contribui com tropas de manutenção da paz na Somália, sob a égide da União Africana (UA).
O contingente burundês totaliza 5.400 soldados, atrás do Uganda que tem cerca de 6.000.
Desde a queda do regime do ex-Presidente somali, Siad Barre, em 1991, a Somália vive uma guerra civil cujo fim continua incerto.
A UA desdobrou as primeiras forças regionais de manutenção da paz neste país do Corno de África, em 2007.
Os 22.000 homens da primeira Missão Africana na Somália (AMISOM) não conseguiram vencer o Al Shabaab, principal grupo de insuretos islamistas contra o regime no poder em Mogadíscio, a capital do país.
Criada em 2022, a nova Missão Africana de Transição na Somália (ATMIS, sigla em inglês) deve findar em 2024, oque pressupõe que as tropas governamentais somalis devem estar prontas para garantir a segurança do seu país.
Os países que contribuem com tropas, nomeadamente o Uganda, o Burundi, a Etiópia (4.400 homens), o Quénia (3.600) e Djibuti (800), já sofreram, até à data, muitos ataques mortíferos, segundo observadores.
-0- PANA FB/IS/DD 20out2024