PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Wangari Maathai exige de chefes de Estado africanos medidas eficazes contra mudança climática
Dar-es-Salaam, Tanzânia (PANA) – Na véspera da cimeira da União Africana (UA) em Malabo, na Guiné Equatorial, Wangari Maathai, Prémio Nobel da Paz, exortou os dirigentes africanos a reagir face à crise da mudança climática que afeta de maneira desproporcionada os Africanos, particularmente as mulheres.
« A mudança climática não afeta o mundo da mesma maneira », disse Maathai, laureada do Prémio Nobel em 2004 pela sua obra que alia o ambiente, a paz e o desenvolviento sustentável, encorajando a instauração da democracia no Quénia.
« Aqui em África, sofremos muito com uma mudança climática que ocorre rapidamente- há cada vez mais secas, crises alimentares e as coisas vão piorando. Podemos ver como a mudança climática já intensifica o recurso desenfreado a recursos e a estabilidade económica no continente”, indicou Maathai num comunicado transmitido à PANA em Dar-es-Salaam por Women’e Nobel Initiative (Inicitaiva das Mulheres Prémios Nobel).
Em 2009, Maathai tinha pronunciado um discurso durante a sessão especial da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a mudança climática para apelar aos dirigentes do planeta para concederem recursos a fim de ajudar os países africanos a fazerem face aos impactos devastadores da mudança climática.
Hoje, ela pede aos decisores africanos que reajam eles também.
« Enquanto dirigentes africanos, devem ultrapassar os desafios colocados pela mudança climática. Muitos dos nossos países tiveram décadas de má gestão ou de negligência absoluta do ambiente . Na realidade, alguns Governos, incluindo o meu, facilitaram a pilhagem das florestas, a degradação das terras e práticas agrícolas não viáveis », acusou Maathai.
Aludindo à próxima cimeira sobre a mudança climática prevista para dezembro de 2011 em Durban, na África do Sul, ela considerou que, a COP17, designação oficial da 17ª Conferência das Partes, será uma ocasião para os Africanos mostrarem a via para uma questão essencial para o futuro do planeta, particularmente do seu continente.
Segundo ela, esta Cimeira da UA é a última chance para os dirigentes africanos se reunirem e insistirem na mudança climática antes da reunião internacional de Durban.
Para Maathai, os chefes de Estado devem fazer todo o seu possível para reduzir a vulnerabilidade das suas comunidades ao dar o conhecimento, as competências e os instrumentos para adotar as tecnologias duradouras e participar na economia verde.
«África pode contornar o modelo de desenvolvimento poluidor baseado na produção intensiva de carbono, herança da maior parte dos países ocidentais », disse Maathai, nomeada em 2005 embaixadora de boa vontade para a Floresta da Bacia do Congo.
A também co-presidente do Fundo para a Floresta da Bacia do Congo, que depende do Programa da ONU para a Redução das Emissões Resultante do Desarborização e Degradação das Florestas (ONU-REDD), indicou no entanto que o REDD é um exemplo de programa que, se for bem realizado, pode dar meios aos Africanos para fazer face à mudança climática e proteger o ambiente natural de que dependem todos eles.
O REDD pretende reduzir a desflorestação e proteger as florestas naturais pois, a seu ver, a desflorestação é uma das principais causas da mudança climática.
Ele reconhece o valor acrescentado das florestas graças à sua capacidade a absorver o carbono e, portanto, de reduzir os gáses de efeito de estufa.
O programa poderá levar os países desenvolvidos a indemnizar os países em desenvolvimento e reduzir as emissões causadas pela desarborização e pela degradação florestal.
« Se os prograams como o REDD ajudam as comunidades em África, nomeadamente as da Bacia do Congo, então devemos demostrar a nossa vontade de velar para que grupos mais afetados pelos problemas de gestão de florestas, nomeadamente mulheres, estejam presentes na mesa de tomada de decisões », recomenda Maathai, fundadora do Movimento Cintura Verde e membro fundadora da Nobel Women’s Initiative.
-0- PANA AR/VAO/NFB/JSG/MAR/DD 29junho2011
« A mudança climática não afeta o mundo da mesma maneira », disse Maathai, laureada do Prémio Nobel em 2004 pela sua obra que alia o ambiente, a paz e o desenvolviento sustentável, encorajando a instauração da democracia no Quénia.
« Aqui em África, sofremos muito com uma mudança climática que ocorre rapidamente- há cada vez mais secas, crises alimentares e as coisas vão piorando. Podemos ver como a mudança climática já intensifica o recurso desenfreado a recursos e a estabilidade económica no continente”, indicou Maathai num comunicado transmitido à PANA em Dar-es-Salaam por Women’e Nobel Initiative (Inicitaiva das Mulheres Prémios Nobel).
Em 2009, Maathai tinha pronunciado um discurso durante a sessão especial da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a mudança climática para apelar aos dirigentes do planeta para concederem recursos a fim de ajudar os países africanos a fazerem face aos impactos devastadores da mudança climática.
Hoje, ela pede aos decisores africanos que reajam eles também.
« Enquanto dirigentes africanos, devem ultrapassar os desafios colocados pela mudança climática. Muitos dos nossos países tiveram décadas de má gestão ou de negligência absoluta do ambiente . Na realidade, alguns Governos, incluindo o meu, facilitaram a pilhagem das florestas, a degradação das terras e práticas agrícolas não viáveis », acusou Maathai.
Aludindo à próxima cimeira sobre a mudança climática prevista para dezembro de 2011 em Durban, na África do Sul, ela considerou que, a COP17, designação oficial da 17ª Conferência das Partes, será uma ocasião para os Africanos mostrarem a via para uma questão essencial para o futuro do planeta, particularmente do seu continente.
Segundo ela, esta Cimeira da UA é a última chance para os dirigentes africanos se reunirem e insistirem na mudança climática antes da reunião internacional de Durban.
Para Maathai, os chefes de Estado devem fazer todo o seu possível para reduzir a vulnerabilidade das suas comunidades ao dar o conhecimento, as competências e os instrumentos para adotar as tecnologias duradouras e participar na economia verde.
«África pode contornar o modelo de desenvolvimento poluidor baseado na produção intensiva de carbono, herança da maior parte dos países ocidentais », disse Maathai, nomeada em 2005 embaixadora de boa vontade para a Floresta da Bacia do Congo.
A também co-presidente do Fundo para a Floresta da Bacia do Congo, que depende do Programa da ONU para a Redução das Emissões Resultante do Desarborização e Degradação das Florestas (ONU-REDD), indicou no entanto que o REDD é um exemplo de programa que, se for bem realizado, pode dar meios aos Africanos para fazer face à mudança climática e proteger o ambiente natural de que dependem todos eles.
O REDD pretende reduzir a desflorestação e proteger as florestas naturais pois, a seu ver, a desflorestação é uma das principais causas da mudança climática.
Ele reconhece o valor acrescentado das florestas graças à sua capacidade a absorver o carbono e, portanto, de reduzir os gáses de efeito de estufa.
O programa poderá levar os países desenvolvidos a indemnizar os países em desenvolvimento e reduzir as emissões causadas pela desarborização e pela degradação florestal.
« Se os prograams como o REDD ajudam as comunidades em África, nomeadamente as da Bacia do Congo, então devemos demostrar a nossa vontade de velar para que grupos mais afetados pelos problemas de gestão de florestas, nomeadamente mulheres, estejam presentes na mesa de tomada de decisões », recomenda Maathai, fundadora do Movimento Cintura Verde e membro fundadora da Nobel Women’s Initiative.
-0- PANA AR/VAO/NFB/JSG/MAR/DD 29junho2011