UA lança comissão de inquérito sobre Tigré, na Etiópia
Addis Abeba, Etiópia (PANA) - A União Africana (UA) lançou quinta-feira uma investigação sobre a crise na região de Tigré, na Etiópia, palco de combates entre o Governos Federal e o regional e de consequentes abusos generalizados dos direitos humanos e receios de fome.
"A Comissão Africana dos Direitos Humanos e dos Povos, em virtude do seu mandato para promover e proteger estas virtudes em África, previsto no Artigo 45 da Carta Africana dos Direitos Humanos e dos Povos, tem a honra de informar o público sobre o lançamento oficial, a 17 de junho de 2021, do trabalho da Comissão de Inquérito sobre o Tigré ", anunciou a UA numa declaração oficial.
A Comissão de Inquérito, adotada durante a 32.ª sessão extraordinária realizada virtualmente a 7 de maio de 2021, tem o mandato, entre outras coisas, de investigar alegações de violações do direito internacional e dos direitos humanos, do direito internacional humanitário, para estabelecer os factos e circunstâncias suscetíveis de constituir violações graves e massivas dos direitos humanos.
Ela funcionará por um período inicial de três meses renovável, no respeito pelas regras de independência, confidencialidade, imparcialidade e neutralidade, garantindo a proteção de pessoas com cooperem com ela.
Convida todas as partes interessadas a colaborarem com ela para lhe permitir cumprir a sua missão.
Este conflito é fruto de meses de tensão entre o Governo etíope e a força regional dominante, a Frente Popular para a Libertação de Tigré (FPLT).
O primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed, ordenou uma ofensiva militar em Tigré, a 4 de novembro de 2020, depois de as forças do PFLT terem atacado uma base do Exército Federal.
Os combates causaram deslocamentos massivos de população, avultados danos em infraestruturas e meios de subsistência, bem como o desempregos.
-0- PANA MA/NFB/JSG/SOC/MAR/DD 17junho2021