PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Presidente ruandês contra partilha desigual das águas do rio Nilo
Kigali, Ruanda (PANA) – O chefe do Estado ruandês, Paul Kagame, afastou terça-feira os propósitos segundo os quais as águas da Bacia do Nilo seriam partilhadas de modo desigual entre os países ribeirinhos deste mais comprido rio da África cuja fonte se encontra naltas montanhas do sul do Ruanda.
Falando em Kigali, à margem duma conferência sobre o diálogo nacional que agrupa anualmente no Ruanda altas autoridades administrativas deste país, líderes de opinião, representantes da sociedade civil, bem como a diáspora ruandesa, Kagame sustentou que os Ruandeses não têm medo quanto ao programa da "visão partilhada" das águas do Nilo.
"Acredito que existem pessoas (no Ruanda) que não estiveram em condições de explorar estas águas do Nilo devidamente (...) Pode simplesmente concluir-se que existem pessoas que procuram bodes espiatórios para justificar a má gestão dos recursos hidráulicos", disse o Presidente ruandês na presença de cerca de 950 participantes neste encontro que decorre na capital ruandesa.
Para o Presidente Kagame, foram desmascarados indivíduos que pensam que o Ruanda se opõe ao novo tratado sobre a partilha das águas do Nilo, visto que isto vai afetar os seus direitos no tocante ao uso destas águas.
"É totalmente falso, pois este género de processo faz parte duma etapa de negociações", sustentou num discurso em Kinyarwanda, afirmando que: "o Ruanda dispõe de todas as margens para explorar os cursos de água que atraversam o seu território para se despejar na bacia do Nilo".
Relativamente aos cursos do Nilo exteriores ao território ruandês, o chefe do Estado ruandês disse contar com "outros mecanismos que regem uma partilha justa destes recursos".
A Iniciativa da Bacia do Nilo, um projeto financiado por um consorcio de doadores internacionais de fundos e coordenado pelo Banco Mundial (BM), pretende a realização de projetos estimados em 11 milhões de dólares americanos na bacia do rio.
Segundo a ministra ruandesa da Agricultura, Agnes Kalibata, o Ruanda, na sua estratégia de promoção do setor agrícola, pretende, por sua vez, irrigar até ao ano 2013, pelo menos cerca de 100 mil hectares de terras aráveis.
Os resultados do Inquérito Nacional Agrícola (ENA), realizado em 2009 pelo Instituto Nacional das Estatísticas do Ruanda (INSR), indicam que mais da metade do território ruandês, que representa uma superfície de 12 mil quilómetros quadrados, é constituida por terras aráveis exploradas para fins agrícolas, enquanto 62 porcento deste espaço contém dispositivos anti-erosão.
-0- PANA TWA/SSB/IBA/CJB/DD 21Dez2010
Falando em Kigali, à margem duma conferência sobre o diálogo nacional que agrupa anualmente no Ruanda altas autoridades administrativas deste país, líderes de opinião, representantes da sociedade civil, bem como a diáspora ruandesa, Kagame sustentou que os Ruandeses não têm medo quanto ao programa da "visão partilhada" das águas do Nilo.
"Acredito que existem pessoas (no Ruanda) que não estiveram em condições de explorar estas águas do Nilo devidamente (...) Pode simplesmente concluir-se que existem pessoas que procuram bodes espiatórios para justificar a má gestão dos recursos hidráulicos", disse o Presidente ruandês na presença de cerca de 950 participantes neste encontro que decorre na capital ruandesa.
Para o Presidente Kagame, foram desmascarados indivíduos que pensam que o Ruanda se opõe ao novo tratado sobre a partilha das águas do Nilo, visto que isto vai afetar os seus direitos no tocante ao uso destas águas.
"É totalmente falso, pois este género de processo faz parte duma etapa de negociações", sustentou num discurso em Kinyarwanda, afirmando que: "o Ruanda dispõe de todas as margens para explorar os cursos de água que atraversam o seu território para se despejar na bacia do Nilo".
Relativamente aos cursos do Nilo exteriores ao território ruandês, o chefe do Estado ruandês disse contar com "outros mecanismos que regem uma partilha justa destes recursos".
A Iniciativa da Bacia do Nilo, um projeto financiado por um consorcio de doadores internacionais de fundos e coordenado pelo Banco Mundial (BM), pretende a realização de projetos estimados em 11 milhões de dólares americanos na bacia do rio.
Segundo a ministra ruandesa da Agricultura, Agnes Kalibata, o Ruanda, na sua estratégia de promoção do setor agrícola, pretende, por sua vez, irrigar até ao ano 2013, pelo menos cerca de 100 mil hectares de terras aráveis.
Os resultados do Inquérito Nacional Agrícola (ENA), realizado em 2009 pelo Instituto Nacional das Estatísticas do Ruanda (INSR), indicam que mais da metade do território ruandês, que representa uma superfície de 12 mil quilómetros quadrados, é constituida por terras aráveis exploradas para fins agrícolas, enquanto 62 porcento deste espaço contém dispositivos anti-erosão.
-0- PANA TWA/SSB/IBA/CJB/DD 21Dez2010