PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Pesquisador camaronês apresenta critérios para escolher língua africana
Paris- França (PANA) -- O pesquisador camaronês Emmanuel Fotso Kings apresentou quarta-feira, na capital francesa, Paris, os seis critérios, entre os quais a aritmética e a geometria, para a seleção duma língua africana apta ao ensino das ciências e da economia.
"A aposta é de ordem científica porque, se se ensinarem as ciências e as técnicas numa língua estrangeira, nunca se conseguirá estar presente na batalha da inovação e da criação", disse, na sessão de apresentação, Fotso Kings, do Laboratório de Línguas "Cyberlab" sediado em Paris.
Segundo ele, para ser utilizada na economia e na ciência, a língua africana deve permitir enumerar um décimo, designar 100, mil e um bilião.
Para o segundo critério, a língua deve permitir contar de zero a 125 seguindo uma regra clara e nítida, explicou o pesquisador camaronês, lembrando que os seis critérios foram definidos numa reunião de alto nível organizada em Julho passado em Paris.
Sobre o terceiro critério, ele considerou que a língua a ser escolhida deve permitir dizer "igual", "menos", "menor", "maior", "se e só se".
"O quarto critério relaciona-se com o calendário.
Precisamos de designar na língua escolhida os dias da semana, os dias do mês e saber quantos dias e semanas temos no ano.
São elementos essenciais para planificar os trabalhos rurais, por exemplo", prosseguiu o pesquisador camaronês.
Ele sublinhou ainda a importância para a língua africana do ensino das ciências e da economia permitir medir as superfícies e saber designar a diagonal, o quadrado e o losango.
"Finalmente, a língua deve também permitir designar os números não inteiros como 1,25 ou 2,5.
Os anglófonos dizem um ponto 25 para dizer 1,25.
Como vamos designar a mesma realidade na língua africana? É muito importante", exemplificou Fotso Kings.
O ensino das disciplinas científicas nas línguas africanas é quase inexistente, apesar dos apelos da sociedade civil e dos inteletuais africanos a prestar mais atenção às línguas nacionais.
A União Africana (UA) tentou dar o exemplo aos seus Estados-membros, ao fazer do swahili a sua língua de trabalho ao mesmo título que o francês, o inglês, o português e o árabe.
"A aposta é de ordem científica porque, se se ensinarem as ciências e as técnicas numa língua estrangeira, nunca se conseguirá estar presente na batalha da inovação e da criação", disse, na sessão de apresentação, Fotso Kings, do Laboratório de Línguas "Cyberlab" sediado em Paris.
Segundo ele, para ser utilizada na economia e na ciência, a língua africana deve permitir enumerar um décimo, designar 100, mil e um bilião.
Para o segundo critério, a língua deve permitir contar de zero a 125 seguindo uma regra clara e nítida, explicou o pesquisador camaronês, lembrando que os seis critérios foram definidos numa reunião de alto nível organizada em Julho passado em Paris.
Sobre o terceiro critério, ele considerou que a língua a ser escolhida deve permitir dizer "igual", "menos", "menor", "maior", "se e só se".
"O quarto critério relaciona-se com o calendário.
Precisamos de designar na língua escolhida os dias da semana, os dias do mês e saber quantos dias e semanas temos no ano.
São elementos essenciais para planificar os trabalhos rurais, por exemplo", prosseguiu o pesquisador camaronês.
Ele sublinhou ainda a importância para a língua africana do ensino das ciências e da economia permitir medir as superfícies e saber designar a diagonal, o quadrado e o losango.
"Finalmente, a língua deve também permitir designar os números não inteiros como 1,25 ou 2,5.
Os anglófonos dizem um ponto 25 para dizer 1,25.
Como vamos designar a mesma realidade na língua africana? É muito importante", exemplificou Fotso Kings.
O ensino das disciplinas científicas nas línguas africanas é quase inexistente, apesar dos apelos da sociedade civil e dos inteletuais africanos a prestar mais atenção às línguas nacionais.
A União Africana (UA) tentou dar o exemplo aos seus Estados-membros, ao fazer do swahili a sua língua de trabalho ao mesmo título que o francês, o inglês, o português e o árabe.