PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Emissário da União Africana inicia missão na Guiné-Bissau
Dakar- Senegal (PANA) -- O representante especial da União Africana (UA) na Guiné-Bissau, o diplomata e académico angolano Sebastião Isata, está desde domingo em Bissau para os primeiros contactos no quadro da busca de soluções para a estabilização do país.
Sebastião Isata confirmou segunda-feira à PANA, por telefone a partir de Bissau, que o início da sua missão será igualmente marcado pela abertura oficial, brevemente, da Representação Permanente da UA em Bissau, que também será por ele chefiada em acumulação com as funções de representante especial.
Para além das autoridades estaduais, disse, a sua agenda inclui também auscultação aos partidos polítidos e à sociedade civil visando reunir o máximo de testemunhos que ajudem a compreender melhor a situação no país.
"É uma agenda inclusiva", indicou, justificando que todas as contribuições são importantes neste processo que deve envolver o maior número possível de atores e observadores.
A este propósito, disse, o seu programa de auscultação inclui também encontros com os representantes da comunidade internacional através, nomeadamente, do corpo diplomático acreditado no país e das organizações internacionais presentes incluindo as Nações Unidas.
Isata explicou ainda que esta sua agenda interna será mais tarde complementada com a componente externa em que prevê deslocar-se a alguns países da região, a começar pelo vizinho Senegal, para partilhar da sua experiência sobre a realidade bissau-guineense.
Defende igualmente o regresso da União Europeia (UE) ao país, donde se retirou em Junho passado, considerando esta organização comunitária um "parceiro incontornável" no processo de estabilização deste conturbado país lusófono situado na África Ocidental.
Fontes próximas da União Europeia indicam que esta organização decidiu retirar a sua missão, que estava envolvida no processo de reforma das forças de defesa e segurança no país, como forma de protestar contra aquilo que considerou de "recuos graves".
Segundo as mesmas fontes, uma das decisões que "irritou" a UE foi, nomeadamente, a promoção e nomeação do general António Indjai para chefiar o Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA) depois da sua implicação direta na sublevação militar de 1 de Abril deste ano.
Esta rebelião liderada por António Indjai, então chefe adjunto do EMGFA, culminou com a detenção momentânea do primeiro- ministro Carlos Gomes Júnior seguida de ameaças de morte contra este, e no afastamento e reclusão, até hoje, do então chefe titular do EMGFA, Zamora Induta.
António Indjai é também acusado de ser uma das principais figuras do tráfico de drogas na Guiné-Bissau, ao lado do antigo chefe do Estado-Maior da Armada (Marinha), Américo Bubo Na Tchuto, com quem comandou a revolta militar de 1 de Abril passado.
A estabilidade política, social e militar tarda a voltar à Guiné-Bissau depois de uma sucessão de conflitos violentos que o país conheceu nas últimas décadas marcados por golpes militares e assassinatos ainda não esclarecidos de altas figuras do Estado.
Num dos episódios trágicos mais recentes que o país viveu, um duplo atentado ceifou a vida, quase em simultâneo, do Presidente João Bernardo "Nino" Vieira e do seu chefe do EMGFA, o tenente-general Tagmé Na Waié, em Março de 2009.
Tagmé Na Waié perdeu a vida, a 1 de Março de 2009, na explosão duma bomba no seu Gabinete, no edifício do Quartel-General das Forças Armadas, enquanto Nino Vieira foi surpreendido na sua residência, na madrugada do dia seguinte, por um grupo de militares que o esquartejaram a sangue frio e à coronhada na presença da sua esposa.
Sebastião Isata confirmou segunda-feira à PANA, por telefone a partir de Bissau, que o início da sua missão será igualmente marcado pela abertura oficial, brevemente, da Representação Permanente da UA em Bissau, que também será por ele chefiada em acumulação com as funções de representante especial.
Para além das autoridades estaduais, disse, a sua agenda inclui também auscultação aos partidos polítidos e à sociedade civil visando reunir o máximo de testemunhos que ajudem a compreender melhor a situação no país.
"É uma agenda inclusiva", indicou, justificando que todas as contribuições são importantes neste processo que deve envolver o maior número possível de atores e observadores.
A este propósito, disse, o seu programa de auscultação inclui também encontros com os representantes da comunidade internacional através, nomeadamente, do corpo diplomático acreditado no país e das organizações internacionais presentes incluindo as Nações Unidas.
Isata explicou ainda que esta sua agenda interna será mais tarde complementada com a componente externa em que prevê deslocar-se a alguns países da região, a começar pelo vizinho Senegal, para partilhar da sua experiência sobre a realidade bissau-guineense.
Defende igualmente o regresso da União Europeia (UE) ao país, donde se retirou em Junho passado, considerando esta organização comunitária um "parceiro incontornável" no processo de estabilização deste conturbado país lusófono situado na África Ocidental.
Fontes próximas da União Europeia indicam que esta organização decidiu retirar a sua missão, que estava envolvida no processo de reforma das forças de defesa e segurança no país, como forma de protestar contra aquilo que considerou de "recuos graves".
Segundo as mesmas fontes, uma das decisões que "irritou" a UE foi, nomeadamente, a promoção e nomeação do general António Indjai para chefiar o Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA) depois da sua implicação direta na sublevação militar de 1 de Abril deste ano.
Esta rebelião liderada por António Indjai, então chefe adjunto do EMGFA, culminou com a detenção momentânea do primeiro- ministro Carlos Gomes Júnior seguida de ameaças de morte contra este, e no afastamento e reclusão, até hoje, do então chefe titular do EMGFA, Zamora Induta.
António Indjai é também acusado de ser uma das principais figuras do tráfico de drogas na Guiné-Bissau, ao lado do antigo chefe do Estado-Maior da Armada (Marinha), Américo Bubo Na Tchuto, com quem comandou a revolta militar de 1 de Abril passado.
A estabilidade política, social e militar tarda a voltar à Guiné-Bissau depois de uma sucessão de conflitos violentos que o país conheceu nas últimas décadas marcados por golpes militares e assassinatos ainda não esclarecidos de altas figuras do Estado.
Num dos episódios trágicos mais recentes que o país viveu, um duplo atentado ceifou a vida, quase em simultâneo, do Presidente João Bernardo "Nino" Vieira e do seu chefe do EMGFA, o tenente-general Tagmé Na Waié, em Março de 2009.
Tagmé Na Waié perdeu a vida, a 1 de Março de 2009, na explosão duma bomba no seu Gabinete, no edifício do Quartel-General das Forças Armadas, enquanto Nino Vieira foi surpreendido na sua residência, na madrugada do dia seguinte, por um grupo de militares que o esquartejaram a sangue frio e à coronhada na presença da sua esposa.