Kigali, Rwanda (PANA) - Três altos responsáveis rwandeses, incluindo um representante jurídico dum hospital de referência situado em Gite, no Sul do Rwanda, foram detidos, após a descoberta de valas comuns de vários milhares de vítimas do genocídio rwandês de 1994, enterrados debaixo das instalações da estrutura médica sob sua gestão, confirmou esta quarta-feira, uma fonte judicial à PANA em Kigali, capital rwandesa.
Os suspeitos, incluindo um advogado, identificado como Gerald Urayeneza, que enfrentam acusações de dissimulação de informações sobre as vítimas do genocídio de 1994 contra os Tutsis, compareceram no início deste mês no Tribunal de Primeira Instância de Ruhango, para responder pelas acusações formuladas contra eles.
Ainda em relação a este caso, alguns Rwandeses se dizem chocados com o facto de que os vizinhos tenham estado ao corrente das valas comuns sem denunciar.
Ao Reagir na sua conta twitter, o Escritório Rwandês de Investigações (RIB) declarou que “o facto de dissimular vítimas do genocídio continua a ser um ato de genocídio.
O RIB lançou, por conseguinte, um apelo ao público para ele continuar a partilhar informações sobre a localização das sepulturas onde vítimas do genocídio foram pecipitadamente enterradas com vista a lhes conceder um enterro decente, declarou a Agência de Investigações da África Oriental na sua conta Twitter.
-0- PANA TWA/VAO/BAI/BEH/FK/IZ 1julho2020