Rwanda quer trabalho duro para ratificação de acordo de livre comércio em África
Kigali, Rwanda (PANA) – O Presidente rwandês, Paul Kagame, exortou segunda-feira, aos Governos africanos a trabalharem arduamente, para a Zona de Livre Comércio Continental Africano (AFCTA, sigla e inglês), que deve ser promulgada.
Kagamé fez esta declaração na sequência da assinatura por 44 nações africanas, em março de 2018, dum acordo-quadro para uma Zona de Livre Comércio, à escala do continente, cujo objetivo é balizar a via para um mercado liberalizado para bens e serviços no continente.
Os últimos relatórios indicam que, em março de 2019, 21 países ratificaram o acordo com uma única ratificação necessária para que o acordo entre em vigor.
Falando durante a sessão de abertura do Fórum Africano dos Presidentes dos Conselhos de Administrações de 2019, em curso em Kigali, o Presidente rwandês sublinhou que o acordo continental não resolverá os problemas se as populações não o aplicarem.
"Não temos instalado um mecanismo para pensarmos que o mesmo vai funcionar sozinho, sem o envolvimento das populações para o impulsionarem”, indicou.
"É a única via a seguir se quisermos maximizar as oportunidades a favor do continente”, indicou o Presidente rwandês.
A AFCTFA foi lançada a 21 de março de 2018, durante uma cimeira extraordinária da União Africana (UA), em Kigali, no Rwanda, com a assinatura de 44 países.
A versão adotada em março comportava um acordo e vários protocolos sobre o comércio de bens, serviços e a resolução de conflitos, além de diferentes anexos e outros textos jurídicos.
O recente estudo da Comissão Económica para África (CEA) mostrou que a AFCFTA pode levar a um aumento de 52 por cento para além dos fluxos comerciais nas trocas inter-africanas até 2022.
-0- PANA TWA/VAO/ASA/IS/IBA/SOC/FK/DD 27março2019