PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Líder da oposição ruandesa proibida de deixar país
Kigali- Ruanda (PANA) -- A candidata presidencial ruandesa Victoire Ingabire Umuhoza, presidente das Forças Democráticas Unidas (FDU-Inkingi, oposição), foi proibida de deixar o país antes de ser ouvida durante horas pelo Departamento de Investigação Criminal (DIC) por declarações julgadas "incitadoras ao ódio e ao genocídio", soube a PANA quarta-feira de fonte policial em Kigali.
A medida de interdição contra a líder da oposição ruandesa foi tomada pelos serviços de segurança quando a visada se deslocava ao Aeroporto Internacional de Kigali para embarcar com destino à Europa para "visitar a sua família" instalada nos Países Baixos.
"Proibimos Victoire Ingabire de deixar o país, porque ela é ainda objecto dum inquérito policial", declarou à PANA o porta-voz da Polícia ruandesa, Eric Kayiranga.
"Ela (Ingabire) é objecto de acusações sérias que exigem um inquérito judicial minucioso e deverá dispor, em primeiro lugar, de uma autorização da Polícia para deixar o país", acrescentou.
A Polícia ruandesa abriu um inquérito em Janeiro passado depois do regresso ao país de Ingabire.
Ela é acusada nomeadamente de declarações julgadas "negacionistas" num discurso que manteve na sua visita ao memorial do genocídio de Gisozi, uma colina acima da cidade de Kigali.
No seu discurso, Ingabire criticou severamente o funcionamento das jurisdições "Gacaca", afirmando que estes tribunais populares encarregues de julgar os responsáveis do genocídio apenas se "limitaram a incriminar exclusivamente os Hutus".
Num outro discurso organizado no memorial do genocídio dos Tutsis, Ingabire indicara que o Governo ruandês e a comunidade internacional ignoraram "intencionalmente que houve um outro genocídio perpetrado contra Hutus pela antiga rebelião da Frente Patriótica Ruandesa (FPR, actualmente no poder)".
"Ingabire ainda não foi detida mas está sob controlo judicial (.
.
.
) e esta situação não lhe garante o direito de deixar o território ruandês", precisou nas ondas da Rádio Ruanda (Pública) a porta-voz do Governo ruandês, Louise Mushikiwabo.
Em Agosto de 2010, o Ruanda organiza as eleições presidenciais que vão decorrer pela segunda vez em sufrágio universal na história deste pequeno país da África Central.
A medida de interdição contra a líder da oposição ruandesa foi tomada pelos serviços de segurança quando a visada se deslocava ao Aeroporto Internacional de Kigali para embarcar com destino à Europa para "visitar a sua família" instalada nos Países Baixos.
"Proibimos Victoire Ingabire de deixar o país, porque ela é ainda objecto dum inquérito policial", declarou à PANA o porta-voz da Polícia ruandesa, Eric Kayiranga.
"Ela (Ingabire) é objecto de acusações sérias que exigem um inquérito judicial minucioso e deverá dispor, em primeiro lugar, de uma autorização da Polícia para deixar o país", acrescentou.
A Polícia ruandesa abriu um inquérito em Janeiro passado depois do regresso ao país de Ingabire.
Ela é acusada nomeadamente de declarações julgadas "negacionistas" num discurso que manteve na sua visita ao memorial do genocídio de Gisozi, uma colina acima da cidade de Kigali.
No seu discurso, Ingabire criticou severamente o funcionamento das jurisdições "Gacaca", afirmando que estes tribunais populares encarregues de julgar os responsáveis do genocídio apenas se "limitaram a incriminar exclusivamente os Hutus".
Num outro discurso organizado no memorial do genocídio dos Tutsis, Ingabire indicara que o Governo ruandês e a comunidade internacional ignoraram "intencionalmente que houve um outro genocídio perpetrado contra Hutus pela antiga rebelião da Frente Patriótica Ruandesa (FPR, actualmente no poder)".
"Ingabire ainda não foi detida mas está sob controlo judicial (.
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) e esta situação não lhe garante o direito de deixar o território ruandês", precisou nas ondas da Rádio Ruanda (Pública) a porta-voz do Governo ruandês, Louise Mushikiwabo.
Em Agosto de 2010, o Ruanda organiza as eleições presidenciais que vão decorrer pela segunda vez em sufrágio universal na história deste pequeno país da África Central.