PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Candidato derrotado pede impugnação da reeleição da reitora da Universidade de Cabo Verde
Praia, Cabo Verde (PANA) – O docente universitário Artur Furtado, candidato derrotado nas eleições internas de reitor da Universidade de Cabo Verde (Uni-CV), realizadas a 31 de janeiro passado, pediu a impugnação dos resultados da segunda volta do sufrágio que ditou a reeleição da atual titular do cargo, Judite Nascimento.
De acordo com um comunicado de imprensa do candidato derrotado, das ações judiciais que deram entrada em tribunal constam uma queixa-crime contra a candidata vencedora das eleições e os membros da comissão de eleições, bem como uma providência cautelar não especificada e uma providência administrativa junto do Ministério Público.
Em declarações à imprensa, Artur Furtado reiterou as reclamações que já vinha fazendo sobre “várias ilegalidades durante o processo eleitoral, de entre as quais a eliminação de nomes dos eleitores inscritos e a inscrição de novos eleitores na segunda volta que não constavam dos cadernos eleitorais".
O candidato derrotado denuncia igualmente a "duplicação de vários nomes, aliados ainda a atos de favorecimentos com fins eleitorais”.
Entre os atos que considera de favorecimento, aponta “as reclassificações e progressões em vésperas das eleições de docentes mestres para doutores de pessoas que nunca tiveram o reconhecimento destes graus e diplomas em Cabo Verde, pelo Ministério da Educação".
Segundo ele, tais reclassificações e progressões foram feitas "à revelia da lei e das orientações do Ministério (da Educação)", para além do "processamento indevido e ilegal de salários dos reclassificados e introdução dos respetivos dados no sistema financeiro do Estado, contrariando as diretivas do Ministério da Finanças”.
Judite do Nascimento foi reeleita, com 52,70 porcento dos votos, para mais um mandato de quatro anos como reitora da Uni-CV, conforme os resultados da segunda volta das eleições divulgados pela Comissão Eleitoral.
O seu adversário na segunda volta conquistou 41,88 porcento, atribuídos maioritariamente pelos estudantes universitários.
A reeleição de Judite Nascimento deveu-se aos votos dos professores não doutores (17% contra 11% a favor de Artur Furtado), dos professores doutorados (14% vs 12%) e sobretudo dos funcionários da Uni-CV, que apostaram em larga maioria na atual líder da universidade pública (mais de 13% contra 5% a favor de Artur Furtado).
Segundo a Comissão Eleitoral, mais de quatro mil eleitores, dos quais mais de três mil estudantes, mais de 100 funcionários, 80 professores doutores e 150 não doutores estavam inscritos nos cadernos eleitorais.
Judite do Nascimento, da Faculdade de Ciências e Tecnologia e eleita nas primeiras eleições realizadas na Uni-CV, em 2014, foi candidata à sua própria sucessão, tendo como lema “Por uma universidade integradora, inovadora e empreendedora, avancemos juntos”.
Por seu turno, Artur Tavares Furtado, da Escola de Negócios e Governação, apresentou o lema “Uma nova visão”.
Na primeira volta das eleições, a 19 de janeiro, Judite do Nascimento conseguiu 43,6 porcento dos votos e Artur Furtado 36,4 porcento, pelo que ambos passaram à segunda volta, enquanto Corrine Almeida, com 13,5 porcento, e Eurídice Monteiro, com 6,5 porcento dos votos, ficaram pelo caminho.
-0- PANA CS/IZ 08março2018
De acordo com um comunicado de imprensa do candidato derrotado, das ações judiciais que deram entrada em tribunal constam uma queixa-crime contra a candidata vencedora das eleições e os membros da comissão de eleições, bem como uma providência cautelar não especificada e uma providência administrativa junto do Ministério Público.
Em declarações à imprensa, Artur Furtado reiterou as reclamações que já vinha fazendo sobre “várias ilegalidades durante o processo eleitoral, de entre as quais a eliminação de nomes dos eleitores inscritos e a inscrição de novos eleitores na segunda volta que não constavam dos cadernos eleitorais".
O candidato derrotado denuncia igualmente a "duplicação de vários nomes, aliados ainda a atos de favorecimentos com fins eleitorais”.
Entre os atos que considera de favorecimento, aponta “as reclassificações e progressões em vésperas das eleições de docentes mestres para doutores de pessoas que nunca tiveram o reconhecimento destes graus e diplomas em Cabo Verde, pelo Ministério da Educação".
Segundo ele, tais reclassificações e progressões foram feitas "à revelia da lei e das orientações do Ministério (da Educação)", para além do "processamento indevido e ilegal de salários dos reclassificados e introdução dos respetivos dados no sistema financeiro do Estado, contrariando as diretivas do Ministério da Finanças”.
Judite do Nascimento foi reeleita, com 52,70 porcento dos votos, para mais um mandato de quatro anos como reitora da Uni-CV, conforme os resultados da segunda volta das eleições divulgados pela Comissão Eleitoral.
O seu adversário na segunda volta conquistou 41,88 porcento, atribuídos maioritariamente pelos estudantes universitários.
A reeleição de Judite Nascimento deveu-se aos votos dos professores não doutores (17% contra 11% a favor de Artur Furtado), dos professores doutorados (14% vs 12%) e sobretudo dos funcionários da Uni-CV, que apostaram em larga maioria na atual líder da universidade pública (mais de 13% contra 5% a favor de Artur Furtado).
Segundo a Comissão Eleitoral, mais de quatro mil eleitores, dos quais mais de três mil estudantes, mais de 100 funcionários, 80 professores doutores e 150 não doutores estavam inscritos nos cadernos eleitorais.
Judite do Nascimento, da Faculdade de Ciências e Tecnologia e eleita nas primeiras eleições realizadas na Uni-CV, em 2014, foi candidata à sua própria sucessão, tendo como lema “Por uma universidade integradora, inovadora e empreendedora, avancemos juntos”.
Por seu turno, Artur Tavares Furtado, da Escola de Negócios e Governação, apresentou o lema “Uma nova visão”.
Na primeira volta das eleições, a 19 de janeiro, Judite do Nascimento conseguiu 43,6 porcento dos votos e Artur Furtado 36,4 porcento, pelo que ambos passaram à segunda volta, enquanto Corrine Almeida, com 13,5 porcento, e Eurídice Monteiro, com 6,5 porcento dos votos, ficaram pelo caminho.
-0- PANA CS/IZ 08março2018