Cabo Verde implementa equipa de promoção da cibersegurança e combate a cibercrime
Praia, Cabo Verde (PANA) - Cabo Verde é o primeiro país da Comunidade Económica dos Estados da Africa Ocidental (CEDEAO) a implementar uma Equipa de Resposta a Incidentes de Segurança Informática (CSIRT), para promover a cibersegurança e o combate ao cibercrime, apurou a PANA segunda-feira de fonte oficial.
O arquipélago foi escolhido como país piloto, para implementar este projeto que visa, justamente, dar respostas rápidas à problemática da segurança cibernética e luta contra a criminalidade, através da sensibilização das pessoas a questões de segurança informática e criação de um centro de monitorização e combate ao cibercrime na sub-região oeste-africana.
Falando durante um workshop de sensibilização com vista à implementação de uma CSIRT, o vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, Olavo Correia, assinalou que a escolha do país para albergar este primeiro centro “é prova que Cabo Verde está a fazer muito em matéria da promoção de cibersegurança e no combate ao cibercrime”.
O governante assinalou que, para que Cabo Verde possa dar o seu contributo quer na escala regional, como na escala global, para que possa ter um sistema informático mais seguro, mais estável, mais previsível, o Governo está a trabalhar com a CEDEAO, com a União Europeia, com os Estados Unidos para edificar “um sistema robusto de prevenção, de repressão e de combate à cirbercriminalidade”.
“O mundo esta confrontado hoje com ameaças cibernéticas permanentes, com custos elevadíssimos financeiros, humanos, mas também de funcionamento da parte do estado, e é fundamental investirmos todos nisto, e tem de ser num quadro internacional”, reconheceu.
Olavo Correia diz que Cabo Verde tem toda uma política ao nível das tecnologias de informação e comunicação, que visa garantir uma capacidade interna, quer a nível dos equipamentos, quer a nível dos recursos humanos, a nível do quadro legal.
O workshop de sensibilização com vista à implementação de uma equipa de resposta a incidentes de segurança informática é promovido pela Agência Reguladora Multissetorial da Economia (ARME), em parceria com a OCWARC (Resposta da África Ocidental sobre Cibersegurança e Luta contra o Cibercrime).
Conforme o presidente do Conselho de Administração da ARME, Isaías Barreto da Rosa, a cibersegurança é hoje fundamental, e por se tratar da maior ameaça à escala planetária para as empresas.
“Só em 2021, a nível mundial, os custos relacionados com incidentes de segurança informática e cibercriminalidade atingiram os seis triliões de dólares” revelou o gestor da ARME.
Precisou que “só a África subsariana perde anualmente dois mil milhões de dólares devido a cibercrime e a incidentes de segurança informática”.
Isaías Barreto recordou que mesmo aqui, em Cabo Verde, há bem pouco tempo, registou-se um ataque sério à rede do Estado com impacto bastante negativo para todo o mundo.
“É neste contexto que é fundamental que todos unamos os nossos esforços para promovermos a segurança informática por um lado, e para lutarmos contra a cibercriminalidade”, sublinhou.
-0- PANA CS/IZ 23nov2021