França acusada de "querer intervir militarmente" no Níger
Ouagadougou, Burkina Faso (PANA) - Golpistas nigerinos acusam o Exército francês de querer intervir militarmente para libertar o Presidente nigerino deposto, Mohamed Bazoum, soube a PANA de fonte oficial.
"Procurando formas de intervir militarmente no Níger, a França, com a cumplicidade de alguns nigerinos, realizou uma reunião no quadro da Guarda Nacional do do mesmo país para obter autorizações políticas e soldados necessários" para tal, lê-se num comunicado oficial.
No mesmo documento, a junta disse que Hassoumi Massoudou, ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação e primeiro-ministro em exercício, assinou um documento que autoriza parceiros franceses a realizarem greves contra o Palácio Presidencial a fim de libertar o agora derrubado Presidente da República (Mohamed Bazoum), feito refém por golpistas.
À semelhança dele, prossegue a nota, o comandante da Guarda Nacional do Níger assinou, em nome do chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, um documento semelhante.
Numa outra nota, os golpistas acusam "os serviços de segurança" de uma "chanceleria ocidental", sem a especificar, de terem lançado gás lacrimogéneo domingo em Niamey contra manifestantes e apoiantes da junta militar, "fazendo seis feridos assistidos presentemente em hospitais.
Domingo, milhares de pessoas mostraram o seu apoio à junta militar, tendo alguns dentre eles sido dispersos da frente à Embaixada da França, na capital nigerina.
-0- PANA TNDD/JSG/MAR/DD 31julho2023