Estrelas do desporto sul-africano apoiam movimento "Black lives matter"
Cidade do Cabo, África do Sul (PANA) - Um grupo de treinadores, antigos jogadores e administradores de reputação do râguebi, na África do Sul, juntaram-se ao movimento Black lives matter (BLM, A Vida dos Negros Conta).
O grupo integra antigas estrelas nacionais como Ashwin Willemse, Kaya Malotana, Hilton Lobberts, Norman Jordaan, Thando Manana e Adrian Jacobs, mas também o ex-treinador nacional Pieter de Villier (único treinador negro da história) e ex-técnico da Namíbia, John Williams.
Eles promoteram apoiar o jogador de críquete Lungisani Ngidi, criticado pelo seu apoio ao movimento BLM.
Enquanto vários antigos e atuais jogadores de críquete defenderam abertamente a sua posição, antigos jogadores brancos são objeto de críticas pelos “seus pontos de vista racistas”.
O grupo de râguebi BLM publicou um comunicado em que diz que, desde a criação deste movimento e a sua luta persistente contra o racismo e as desigualdades, os responsáveis do râguebi, na África do Sul, não se pronunciaram sobre o caso.
"Apesar de o râguebi sul-africano ter realizado grandes progressos para garantir que as equipas sejam representativas a nível nacional, a exclusão dos treinadores e administradores negros persiste”, constataram.
"Nós já não devemos viver com medo e as nossas vozes internas já não podem ser reduzidas ao silêncio”, conclui o comunicado.
Por outro lado, a antiga estrela do futebol sul-africano, Quinton Fortune, que jogou nas equipas do Real Madrid e do Manchester United, também pronunciou-se sobre o racismo de que ele próprio foi vítima em Espanha.
Durante uma sessão de treino em Mallorca FC, o seu próprio companheiro de equipa proferiu insultos racistas contra a sua pessoa.
"Eu não soube o que fazer, ou a quem recorrer. Eu não falava a língua. Eu nunca rezei tanto na minha vida para deixar este clube”, disse.
-0- PANA CU/MA/NFB/JSG/SOC/FK/IZ 16julhol2020