PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Dramaturgo angolano Mena Abrantes homenageado no Brasil
Luanda, Angola (PANA) - A quinta edição do Festival de Teatro de Língua Portuguesa (FESTLIP) arranca esta quarta-feira, no Rio de Janeiro (Brasil), com uma homenagem ao dramaturgo angolano José Mena Abrantes, pelo seu contributo ao teatro nacional, noticiou a imprensa local.
Nesta edição, que decorre até ao dia 30, em vários espaços cénicos do Rio de Janeiro, o dramaturgo angolano é distinguido com o “Troféu FESTLIP 2013”, numa homenagem antecedida da exibição do seu espetáculo “Amêsa”, encenado por Heloísa Jorge.
O espetáculo fala sobre “um século de guerras em Angola e as cicatrizes deixadas pelo conflito de 1975 a 2002, recriadas a partir das memórias da personagem 'Amêsa', que conta a sua própria história.
O programa do festival prevê ainda a apresentação de sete peças inéditas de grupos de teatro de Angola (Elinga e Dadaísmo), Moçambique, Cabo Verde, Brasil, Portugal, Guiné-Bissau e Timor-Leste, bem como oficinas, debates, mostras gastronómicas e uma exposição fotográfica.
O Elinga apresenta quinta-feira o espetáculo de teatro “O Cego e o Paralítico”, que conta a história de dois amigos que procuram juntos um lugar mítico, onde acreditam encontrar a cura para as deficiências que têm.
As peripécias da viagem criam um ambiente de tensão crescente entre os dois, mas o desfecho acaba por ser o que secretamente desejam ambos, que “no limite do seu cansaço e do desespero descobrem a melhor forma” de se ajudarem.
Por seu turno o Dadaísmo, outro grupo angolano, sobe ao palco, sábado e domingo, com a peça de teatro “Luanary”, adaptada e encenada por Hilário Belson, que conta a angústia e a dor de um rei quando o seu filho primogénito renuncia ao trono por não suportar a “cultura de rigor” imposta pelo pai.
José Manuel Feio Mena Abrantes, de 68 anos de idade, também escritor, jornalista, poeta e ator, iniciou a sua atividade no teatro em 1967, representando “O Barbeiro de Sevilha”, no Grupo da Associação Académica da Faculdade de Direito de Lisboa.
Fez cursos de atuação e direção na Fundação Calouste Gulbekian, participando em 1970, no Festival Internacional de Teatro Independente, realizado em San Sebastian, País Basco.
Licenciou-se em Filologia Germânica em Lisboa e, como jornalista, foi diretor-geral da Agência Angola Press (ANGOP) nos anos 80 e colabora, desde 1975, com vários órgãos de Comunicação Social angolanos, portugueses, franceses e moçambicanos.
É atualmente membro da União dos Escritores Angolanos (UEA) e assessor de Imprensa do Presidente da República, desde 1993.
Com uma obra diversificada, fruto de uma profunda atividade criativa, assentando na recriação de temas históricos e da tradição oral, Mena Abrantes escreveu textos líricos, dramáticos e de ficção, tendo ganho por três vezes o Prémio Sonangol de Literatura (1986, 1990 e 1994).
Autor de 21 livros publicados para além de 22 peças encenadas baseadas em suas obras teatrais, José Mena Abrantes é um dos principais nomes da cultura angolana e grande artífice do intercâmbio cultural internacional, atuando ativamente em festivais de teatro em Cabo Verde, Brasil, Itália, Moçambique e Portugal.
O festival, realizado pela Talu Produções com o patrocínio da Oi, da Secretaria de Estado brasileiro da Cultura e da Secretaria Municipal da Cultura do Rio de Janeiro conta com um total de 20 apresentações de peças teatrais, espalhadas por cinco teatros da cidade.
"Esta quinta edição chega sedimentada num histórico de peso, que contabiliza mais de 160 espetáculos e um público total de 220 mil pessoas que circularam pelas quatro primeiras edições, o que só reforça o nosso empenho em dar continuidade a esse importante intercâmbio artístico", comenta a atriz e produtora Tânia Pires, idealizadora do festival.
-0- PANA IZ 21ago2013
Nesta edição, que decorre até ao dia 30, em vários espaços cénicos do Rio de Janeiro, o dramaturgo angolano é distinguido com o “Troféu FESTLIP 2013”, numa homenagem antecedida da exibição do seu espetáculo “Amêsa”, encenado por Heloísa Jorge.
O espetáculo fala sobre “um século de guerras em Angola e as cicatrizes deixadas pelo conflito de 1975 a 2002, recriadas a partir das memórias da personagem 'Amêsa', que conta a sua própria história.
O programa do festival prevê ainda a apresentação de sete peças inéditas de grupos de teatro de Angola (Elinga e Dadaísmo), Moçambique, Cabo Verde, Brasil, Portugal, Guiné-Bissau e Timor-Leste, bem como oficinas, debates, mostras gastronómicas e uma exposição fotográfica.
O Elinga apresenta quinta-feira o espetáculo de teatro “O Cego e o Paralítico”, que conta a história de dois amigos que procuram juntos um lugar mítico, onde acreditam encontrar a cura para as deficiências que têm.
As peripécias da viagem criam um ambiente de tensão crescente entre os dois, mas o desfecho acaba por ser o que secretamente desejam ambos, que “no limite do seu cansaço e do desespero descobrem a melhor forma” de se ajudarem.
Por seu turno o Dadaísmo, outro grupo angolano, sobe ao palco, sábado e domingo, com a peça de teatro “Luanary”, adaptada e encenada por Hilário Belson, que conta a angústia e a dor de um rei quando o seu filho primogénito renuncia ao trono por não suportar a “cultura de rigor” imposta pelo pai.
José Manuel Feio Mena Abrantes, de 68 anos de idade, também escritor, jornalista, poeta e ator, iniciou a sua atividade no teatro em 1967, representando “O Barbeiro de Sevilha”, no Grupo da Associação Académica da Faculdade de Direito de Lisboa.
Fez cursos de atuação e direção na Fundação Calouste Gulbekian, participando em 1970, no Festival Internacional de Teatro Independente, realizado em San Sebastian, País Basco.
Licenciou-se em Filologia Germânica em Lisboa e, como jornalista, foi diretor-geral da Agência Angola Press (ANGOP) nos anos 80 e colabora, desde 1975, com vários órgãos de Comunicação Social angolanos, portugueses, franceses e moçambicanos.
É atualmente membro da União dos Escritores Angolanos (UEA) e assessor de Imprensa do Presidente da República, desde 1993.
Com uma obra diversificada, fruto de uma profunda atividade criativa, assentando na recriação de temas históricos e da tradição oral, Mena Abrantes escreveu textos líricos, dramáticos e de ficção, tendo ganho por três vezes o Prémio Sonangol de Literatura (1986, 1990 e 1994).
Autor de 21 livros publicados para além de 22 peças encenadas baseadas em suas obras teatrais, José Mena Abrantes é um dos principais nomes da cultura angolana e grande artífice do intercâmbio cultural internacional, atuando ativamente em festivais de teatro em Cabo Verde, Brasil, Itália, Moçambique e Portugal.
O festival, realizado pela Talu Produções com o patrocínio da Oi, da Secretaria de Estado brasileiro da Cultura e da Secretaria Municipal da Cultura do Rio de Janeiro conta com um total de 20 apresentações de peças teatrais, espalhadas por cinco teatros da cidade.
"Esta quinta edição chega sedimentada num histórico de peso, que contabiliza mais de 160 espetáculos e um público total de 220 mil pessoas que circularam pelas quatro primeiras edições, o que só reforça o nosso empenho em dar continuidade a esse importante intercâmbio artístico", comenta a atriz e produtora Tânia Pires, idealizadora do festival.
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