PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Músico lendário Sam Mangwana volta aos palcos em Angola
Luanda, Angola (PANA) - O célebre músico angolano Samuel Mangwana (Sam Mangwana) volta aos palcos, nos dias 31 de agosto e 1 de setembro deste ano, como o cartaz do projeto musical "Show do Mês", noticiou esta terça-feira a agência angolana de notícias (Angop).
Durante o show, o músico vai fazer uma incursão por todos os discos já produzidos e outras músicas que fizeram sucesso ao longo dos seus anos de carreira, que o consagraram como intérprete musical no panorama nacional e internacional.
O Show do Mês, que vai na sua quinta temporada, é um projeto musical que visa dar espaço aos artistas com menos oportunidades, tanto jovens como veteranos, velando sempre pela qualidade.
No final de cada mês, um ou mais artistas são seleccionados para subir ao palco.
O artista Sam Mangwana, que fala e canta em francês, inglês, lingala, kikongo, swahili e português, nasceu em Kinshasa, República Democrática do Congo (RDC), no seio de uma família angolana.
Ele estreou-se profissionalmente, em 1963, com a banda de Rumba congolesa African Fiesta, dirigida por Tabu Ley Rochereau.
De seguida atravessou o rio para o vizinho Congo-Brazzaville, onde formou um grupo de curta duração denominado Los Batchichas, antes de regressar a Kinshasa onde se juntou novamente ao Tabu Ley.
Samuel Manwana é descrito como fazendo parte dos músicos que, pelo sucesso em várias paragens, "perdem automaticamente a nacionalidade profissional, porque deixam de pertencer ao país de origem e passam a pertencer ao mundo".
"Não é do Congo, não é de Angola, mas sim do Mundo. As suas músicas são ouvidas em África, América, Ásia e Europa, tendo no seu curriculum várias atuações em qualquer destes continentes", escreve a agência angolana de notícias.
No seu país de origem (Angola), lembra, Sam Mangwana teve o seu momento alto nos anos 70, estendendo-se até aos 80, antes de desaparecer dos grandes palcos nacionais, "não por falta de qualidade, mas sim porque o mercado mudou, passando a consumir mais temas superficiais (quantidade) e a valorizar menos os ícones nacionais".
Os seus dois últimos álbuns (2003/2005), cantados especificamente para Angola, tiveram mais sucesso na Europa do que no país.
Temas como “Pátria querida”, “Maria tebo”, “Canção de saudades”, “Ti António” representam o passado e o presente de Angola e fruto do seu conteúdo tornaram-se intemporais.
Em 1972 juntou-se à banda TPOK Jazz, liderada pelo também lendário Francó.
Tocando frequentemente, várias vezes como vocalista, a sua popularidade aumentou, estando na origem dos hits “Ebale ya Zaire“, “Cedou” e "Mabele", Mangwana foi considerado protegido de Francó e tornou-se numa das principais referências musicais na RDC, então Zaíre.
Deixou TPOK Jazz e, mais uma vez, regressou à banda de Tabu Ley Rochereau, agora com nome Afrisa, onde ficou pouco tempo antes de rumar para a Cote d'Ivoire para formar, em 1978, os African All Stars.
Com a separação do grupo, um ano depois, Sam Mangwana enveredou pela carreira a solo, gravando com vários músicos sucessos como ”Maria Tebo” (1980), “Coopération” (1982), com Francó, “Canta Moçambique” (1983), com Mandjeku, e os álbuns “Tiers Monde cooperation”, “Tiers Monde revolution”, com o saxofonista Empompo Loway.
Regressado a Angola em 2004, depois de ter residido nos Congos (Democrático e Brazzaville), na Cote D'Ivoire e França entre outros países, colocou no mercado os discos "Canto de Esperança", em 2003, e “Pátria Querida”, em 2005.
-0- PANA IZ 27agosto2018
Durante o show, o músico vai fazer uma incursão por todos os discos já produzidos e outras músicas que fizeram sucesso ao longo dos seus anos de carreira, que o consagraram como intérprete musical no panorama nacional e internacional.
O Show do Mês, que vai na sua quinta temporada, é um projeto musical que visa dar espaço aos artistas com menos oportunidades, tanto jovens como veteranos, velando sempre pela qualidade.
No final de cada mês, um ou mais artistas são seleccionados para subir ao palco.
O artista Sam Mangwana, que fala e canta em francês, inglês, lingala, kikongo, swahili e português, nasceu em Kinshasa, República Democrática do Congo (RDC), no seio de uma família angolana.
Ele estreou-se profissionalmente, em 1963, com a banda de Rumba congolesa African Fiesta, dirigida por Tabu Ley Rochereau.
De seguida atravessou o rio para o vizinho Congo-Brazzaville, onde formou um grupo de curta duração denominado Los Batchichas, antes de regressar a Kinshasa onde se juntou novamente ao Tabu Ley.
Samuel Manwana é descrito como fazendo parte dos músicos que, pelo sucesso em várias paragens, "perdem automaticamente a nacionalidade profissional, porque deixam de pertencer ao país de origem e passam a pertencer ao mundo".
"Não é do Congo, não é de Angola, mas sim do Mundo. As suas músicas são ouvidas em África, América, Ásia e Europa, tendo no seu curriculum várias atuações em qualquer destes continentes", escreve a agência angolana de notícias.
No seu país de origem (Angola), lembra, Sam Mangwana teve o seu momento alto nos anos 70, estendendo-se até aos 80, antes de desaparecer dos grandes palcos nacionais, "não por falta de qualidade, mas sim porque o mercado mudou, passando a consumir mais temas superficiais (quantidade) e a valorizar menos os ícones nacionais".
Os seus dois últimos álbuns (2003/2005), cantados especificamente para Angola, tiveram mais sucesso na Europa do que no país.
Temas como “Pátria querida”, “Maria tebo”, “Canção de saudades”, “Ti António” representam o passado e o presente de Angola e fruto do seu conteúdo tornaram-se intemporais.
Em 1972 juntou-se à banda TPOK Jazz, liderada pelo também lendário Francó.
Tocando frequentemente, várias vezes como vocalista, a sua popularidade aumentou, estando na origem dos hits “Ebale ya Zaire“, “Cedou” e "Mabele", Mangwana foi considerado protegido de Francó e tornou-se numa das principais referências musicais na RDC, então Zaíre.
Deixou TPOK Jazz e, mais uma vez, regressou à banda de Tabu Ley Rochereau, agora com nome Afrisa, onde ficou pouco tempo antes de rumar para a Cote d'Ivoire para formar, em 1978, os African All Stars.
Com a separação do grupo, um ano depois, Sam Mangwana enveredou pela carreira a solo, gravando com vários músicos sucessos como ”Maria Tebo” (1980), “Coopération” (1982), com Francó, “Canta Moçambique” (1983), com Mandjeku, e os álbuns “Tiers Monde cooperation”, “Tiers Monde revolution”, com o saxofonista Empompo Loway.
Regressado a Angola em 2004, depois de ter residido nos Congos (Democrático e Brazzaville), na Cote D'Ivoire e França entre outros países, colocou no mercado os discos "Canto de Esperança", em 2003, e “Pátria Querida”, em 2005.
-0- PANA IZ 27agosto2018