Defesa de ex-Presidente Zuma queixa-se do atraso no julgamento na África do Sul
Cidade de Cabo, África do Sul (PANA) – A defesa do antigo Presidente Jacob Zuma acusou terça-feira o Ministério Público da África do Sul de utilizar a pandemia do coronavírus, para justificar o adiamento, para o próximo ano, do seu mediático julgamento por corrupção.
O juiz-presidente do tribunal, Mjabuliseni Madondo, aceitou, na semana passada, adiar o julgamento relativo à aquisição de armas de vários milhões de dólares pela África do Sul, nos anos 1990.
O porta-voz do Ministério Público do Kwazulu Natal, Nataasha Madondo, citou a pandemia do coronavírus para explicar este atraso e declarou que as restrições de viagem e de comparecimento diante do tribuanl eram as razões.
Contudo, o advogado de Zuma, Eric Mabuza, acusa agora os juízes do processo de ter mantido "discussões inapropriadas” com o procurador Billy Downer.
Downer declarou que a empresa francesa de armamento Thalès, que foi acusada neste caso, pediu informações preliminares, nomeadamente uma base de dados completa de todos os documentos apreendidos pela Polícia.
A Fundação Jacob Zuma declarou que o antigo Presidente está pronto para continuar o julgamento imediatamente “e agora é o Estado que pede um adiamento do processo por diversas falsas razões nesta fase”, denunciou.
A soube que Zuma gastou nos últimos 15 anos milhões de dólares do dinheiro dos contribuintes, para tentar impedir o seu julgamento .
Ele é acusado de ter recebido 783 pagamentos da Thalès, no quadro de um amplo mercado de armas que permitiu ao Exército sul-africano adquirir aviões caças, navios e sub-marinos.
-0- PANA CU/VAO/ASA/BEH/MAR/IZ 27maio2020