PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Cabo Verde integra Conselho de Mercados de Capitais da África Ocidental
Praia, Cabo Vere (PANA) – A Bolsa de Valoes de Cabo Verde passou a integerar, a partir desta quinta-feira, o Conselho de Integração de Mercados de Capitais da África Ocidental (WACMIC), apurou a PANA na cidade da Praia, de fonte segura.
A integração aconteceu no âmbito dum workshop sobre o WACMIC, decorrido na capital cabo-verdiana, na presença dom presidente da instituição, Edoh Amenounve, que está de visita ao país.
O WACMIC é um órgão de governação responsável pela integração no Mercado de Capitais da África Ocidental, criado oficialmente em 2009, mas oficialmente estabelecido em fevereiro de 2013, sob a égide da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
O presidente da Bolsa de Valores de Cabo Verde, Manuel Lima, disse acreditar que, com a integração no WACMIC, está dado um importante passo para “desenvolver o mercado de capitais de Cabo Verde” e "se encontrar novos instrumentos de financiamentos” para o país.
Defende que a integração no WACMIC vai permitir a Cabo Verde aumentar a sua credibilidade junto de instituições financeiras internacionais, o acesso ao crédito e a outros parceiros, além das mais valias que esta conquista vaii proporcionar aos empresários cabo-verdianos, nomedamente beneficiarem da mobilização de financiamentos para projetos para os quais o mercado interno não consegue realizar.
Por sua vez, o presidente do WACMIC defendeu que a “integração” é a “palavra chave” em África, sublinhando que “sem liquidez não há competitividade”.
Edoh Amenounve explicou que, entre os objetivos do WACMIC, estão uma maior “aproximação entre investidores” dos países membros e da sub-região, assim como “a criação de um ambiente regulamentar harmonizado para a emissão e negociação de valores mobiliários”, em toda a África Ocidental.
“A ideia é facilitar a criação de um mercado de capitais integrado na África Ocidental”, precisou.
POr sua vez, a ministra das Finanças de Cabo Verde, Cristina Duarte, mostrou-se satisfeita com a adesão do arquipélago cabo-verdiano à WACMIC , uma vez que, frisou, vai ao encontro das pretensões do país de se transformar numa praça financeira de serviços.
A também candidata derrotada à liderança do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) disse acreditar que o WACMIC se enquadra no contexto macroeconómico do arquipélago, da sub-região e do continente, na medida em que, a seu ver, o maior desafio de África para os próximos anos é o “desafio do financiamento”.
“África precisa de cerca de 96 biliões de dólares americanos por ano para financiar o desenvolvimento, mas só conseguimos mobilizar, anualmente, entre 40 e 50 biliões”, lamentou.
A governante defende ainda que a “integração” deve ser uma forma de aumentar a capacidade de África para reter recursos financeiros que, anualmente, “escapam às mãos” do continente.
A seu ver, as perdas rondam os 50 mil milhões de dólares.
“É importante melhorar-se a gestão dos recursos e dos sistemas financeiros em África e evitar-se a perda dos mesmos reforçando esses sistemas financeiros”, considerou Cristina Duarte.
-0- PANA CS/DD 11março2016
A integração aconteceu no âmbito dum workshop sobre o WACMIC, decorrido na capital cabo-verdiana, na presença dom presidente da instituição, Edoh Amenounve, que está de visita ao país.
O WACMIC é um órgão de governação responsável pela integração no Mercado de Capitais da África Ocidental, criado oficialmente em 2009, mas oficialmente estabelecido em fevereiro de 2013, sob a égide da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
O presidente da Bolsa de Valores de Cabo Verde, Manuel Lima, disse acreditar que, com a integração no WACMIC, está dado um importante passo para “desenvolver o mercado de capitais de Cabo Verde” e "se encontrar novos instrumentos de financiamentos” para o país.
Defende que a integração no WACMIC vai permitir a Cabo Verde aumentar a sua credibilidade junto de instituições financeiras internacionais, o acesso ao crédito e a outros parceiros, além das mais valias que esta conquista vaii proporcionar aos empresários cabo-verdianos, nomedamente beneficiarem da mobilização de financiamentos para projetos para os quais o mercado interno não consegue realizar.
Por sua vez, o presidente do WACMIC defendeu que a “integração” é a “palavra chave” em África, sublinhando que “sem liquidez não há competitividade”.
Edoh Amenounve explicou que, entre os objetivos do WACMIC, estão uma maior “aproximação entre investidores” dos países membros e da sub-região, assim como “a criação de um ambiente regulamentar harmonizado para a emissão e negociação de valores mobiliários”, em toda a África Ocidental.
“A ideia é facilitar a criação de um mercado de capitais integrado na África Ocidental”, precisou.
POr sua vez, a ministra das Finanças de Cabo Verde, Cristina Duarte, mostrou-se satisfeita com a adesão do arquipélago cabo-verdiano à WACMIC , uma vez que, frisou, vai ao encontro das pretensões do país de se transformar numa praça financeira de serviços.
A também candidata derrotada à liderança do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) disse acreditar que o WACMIC se enquadra no contexto macroeconómico do arquipélago, da sub-região e do continente, na medida em que, a seu ver, o maior desafio de África para os próximos anos é o “desafio do financiamento”.
“África precisa de cerca de 96 biliões de dólares americanos por ano para financiar o desenvolvimento, mas só conseguimos mobilizar, anualmente, entre 40 e 50 biliões”, lamentou.
A governante defende ainda que a “integração” deve ser uma forma de aumentar a capacidade de África para reter recursos financeiros que, anualmente, “escapam às mãos” do continente.
A seu ver, as perdas rondam os 50 mil milhões de dólares.
“É importante melhorar-se a gestão dos recursos e dos sistemas financeiros em África e evitar-se a perda dos mesmos reforçando esses sistemas financeiros”, considerou Cristina Duarte.
-0- PANA CS/DD 11março2016