PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
1/3 da população de Cabo Verde sujeito à vulnerabilidade nutricional devido à seca, diz ONU
Praia, Cabo Verde (PANA) – Um terço da população de Cabo Verde, ou seja cerca de 140 mil pessoas, pode estar em situação de vulnerabilidade nutricional se não voltar a chover este ano e se persistir a seca no país, alerta uma missão do Escritório das Nações Unidas para Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA).
Dados apurados pelo OCHA, cuja missão esteve em Cabo Verde para uma avaliação multissetorial do impacto socioeconómico da seca, que assola o país, e elaborar um plano de respostas para setores sociais como a saúde, a nutrição e a educação, mostram que as ameaças são maiores do que aquilo que o Governo cabo-verdiano estava a pensar.
Segundo o diretor nacional da Política Externa, Júlio Morais, que se reuniu com integrantes da missão do OCHA para conhecer os resultados preliminares da avaliação, neste preciso momento, as autoridades estimam em 36 mil o número de pessoas ameaçadas.
Essa situação, segundo Júlio Morais, leva o Governo a emitir um alerta e solicitar outros apoios a parceiros internacionais no sentido de mitigar o impacto social desta seca que assola o país.
“O que estamos a fazer agora é salvar animais, apoiar agricultores, criar empregos. Mas, há outro lado, o lado humano que está por detrás e é isto que esta missão veio atacar”, disse o diplomata onusino.
Adiantou que, quando o Governo tiver esse plano de respostas, o Executivo estará em condições de convocar os parceiros.
De acordo com o porta-voz da missão, Roberto Colombo, no trabalho de terreno, constatou-se dois elementos chaves, designadamente dificuldades de acesso à água e ao emprego que permite às pessoas terem rendimento e, consequentemente, ter acesso à alimentação.
A representante residente do sistema das Nações Unidas, Ulrika Richardson, considera que no tocante à questão do acesso à agua, para além da qualidade, é precisa uma atenção também a nível da quantidade, sob pena de se pôr em risco também a saúde da população.
A população cabo-verdiana, frisou, sempre conviveu com a situação da seca, mas para as famílias mais vulneráveis os desafios neste momento são muito maiores.
“Para além de se garantir o acesso a alimentos, é necessário que ele tenha acesso à diversidade de alimentos e isso tem um impacto também nas famílias mais vulneráveis. Também tem consequência a nível de nutrição para as crianças e do aparecimento de doenças como a anemia”, acrescentou.
Entretanto, a 25 de fevereiro corrente, a missão do OCHA irá apresentar o plano de respostas, elaborado na sequência dessa avaliação multissetorial e dar indicações das ações que devem ser realizadas para se fazer face a essa situação.
Para além das ações de curto prazo, o plano prevê também ações de longo prazo que tenham a ver com a questão da resiliência da população do arquipélago cabo-verdiano.
-0- PANA CS/DD 15fev2018
Dados apurados pelo OCHA, cuja missão esteve em Cabo Verde para uma avaliação multissetorial do impacto socioeconómico da seca, que assola o país, e elaborar um plano de respostas para setores sociais como a saúde, a nutrição e a educação, mostram que as ameaças são maiores do que aquilo que o Governo cabo-verdiano estava a pensar.
Segundo o diretor nacional da Política Externa, Júlio Morais, que se reuniu com integrantes da missão do OCHA para conhecer os resultados preliminares da avaliação, neste preciso momento, as autoridades estimam em 36 mil o número de pessoas ameaçadas.
Essa situação, segundo Júlio Morais, leva o Governo a emitir um alerta e solicitar outros apoios a parceiros internacionais no sentido de mitigar o impacto social desta seca que assola o país.
“O que estamos a fazer agora é salvar animais, apoiar agricultores, criar empregos. Mas, há outro lado, o lado humano que está por detrás e é isto que esta missão veio atacar”, disse o diplomata onusino.
Adiantou que, quando o Governo tiver esse plano de respostas, o Executivo estará em condições de convocar os parceiros.
De acordo com o porta-voz da missão, Roberto Colombo, no trabalho de terreno, constatou-se dois elementos chaves, designadamente dificuldades de acesso à água e ao emprego que permite às pessoas terem rendimento e, consequentemente, ter acesso à alimentação.
A representante residente do sistema das Nações Unidas, Ulrika Richardson, considera que no tocante à questão do acesso à agua, para além da qualidade, é precisa uma atenção também a nível da quantidade, sob pena de se pôr em risco também a saúde da população.
A população cabo-verdiana, frisou, sempre conviveu com a situação da seca, mas para as famílias mais vulneráveis os desafios neste momento são muito maiores.
“Para além de se garantir o acesso a alimentos, é necessário que ele tenha acesso à diversidade de alimentos e isso tem um impacto também nas famílias mais vulneráveis. Também tem consequência a nível de nutrição para as crianças e do aparecimento de doenças como a anemia”, acrescentou.
Entretanto, a 25 de fevereiro corrente, a missão do OCHA irá apresentar o plano de respostas, elaborado na sequência dessa avaliação multissetorial e dar indicações das ações que devem ser realizadas para se fazer face a essa situação.
Para além das ações de curto prazo, o plano prevê também ações de longo prazo que tenham a ver com a questão da resiliência da população do arquipélago cabo-verdiano.
-0- PANA CS/DD 15fev2018