Agência Panafricana de Notícias

União Africana promete levantar sanções contra Madagáscar

Addis Abeba, Etiópia (PANA) – A União Africana (UA) deu a firme promessa esta quinta-feira de levantar as suas sanções contra o Presidente malgaxe, Andry Rajoelina, e de reconhecer o Governo de União Nacional.

Esta promessa de anular a suspensão deste Estado do Oceano Índico traduz a satisfação da organização pan-africana pelos progressos realizados na formação dum governo de consenso no local.

Madagáscar foi suspenso da UA depois de Rajoelina, então presidente da Câmara Municipal de Antananarivo (capital), tomar o poder com o apoio do Exército no início de 2009 no termo duma série de manifestações de rua.

Em seguida, a UA anunciou sanções contra Rajoelina e seus próximos colaboradores depois de se ter recusado a respeitar as condições dum acordo de partilha do poder assinado em Addis Abeba (Etiópia) por quatro líderes malgaxes dos quais o deposto Presidente, Didier Ratsiraka.

O Conselho de Paz e Segurança (CPS) da UA, que se reuniu em Addis Abeba para discutir sobre estes progressos, saudou a recente nomeação dum primeiro-ministro de consenso, Jean Omer Beriziky, e a formação dum Governo de União.

O CPS refletiu igualmente sobre os esforços de saída da crise em Madagáscar e o regresso à ordem constitucional e declarou-se satisfeito com uma maior parte das medidas tomadas.

Os embaixadores acreditados junto da UA encontraram-se com o emissário especial do Presidente sul-africano Jacob Zuma, Marius Fransman, vice-ministro sul-africano da Cooperação Internacional, que os informou sobre as conclusões da recente reunião da Troika da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).

Os líderes políticos malgaxes assinaram em setembro último um acordo de resolução da crise, seguido em outubro do mesmo ano dum quadro de aplicação.

A UA enviou as suas felicitações aos líderes políticos deste Estado do Oceano Índico pelo seu sentido de responsabilidade elevada e pelo espírito de compromisso, que lhes permitiu chegar a este acordo.

Por outro lado, a UA exortou o ex-Presidente Albert Zafy, que se recusou a assinar o acordo de paz e reconciliação, a fazê-lo bem como instou o Presidente Didier Ratsiraka a rubricar igualmente o acordo e a participar no novo Governo.

As partes aceitaram formar um Alto Conselho Presidencial, composto dos quatro principais líderes políticos enquanto o país se dirige para eleições.

-0- PANA AO/BOS/NFB/TBM/IBA/FK/IZ 08dez2011