UA "condena veementemente" massacre em aldeia etíope
Addis Abeba, Etiópia (PANA) - O presidente da Comissão da União Africana (CUA), Moussa Faki Mahamat, condenou veementemente o assassinato de civis inocentes na sequência de violência intercomunitária, na Etiópia.
"O presidente apresenta as suas mais profundas condolências às famílias das vítimas e deseja uma rápida recuperação dos feridos", de acordo com uma declaração emitida na terça-feira.
Faki Mahamat igualmente apelou às autoridades nacionais para assegurar que os autores destes crimes hediondos sejam encontrados e responsabilizados.
A declaração diz que o presidente, notando o aumento da violência intercomunitaria, apelou a todos os interessados para se absterem de retóricas inflamatórias e trabalharem no sentido de desanuviar as tensões no país.
"Encoraja ainda os atores políticos a empenharem-se num diálogo nacional inclusivo e a construírem consensos nacionais em torno de questões-chave e salienta que qualquer falha nesse sentido pode ter sérias repercussões não só no país mas também na região, como um todo".
Faki Mahamat reiterou o apoio da União Africana às reformas iniciadas pelo Governo, acrescentando que está pronto a ajudar a Etiópia nos seus esforços para promover a paz e a estabilidade no país.
Pelo menos 54 pessoas foram mortas em ataques a uma aldeia na região ocidental da Oromia, na Etiópia, disse a Amnistia Internacional na segunda-feira.
A Amnistia Internacional disse que as vítimas do grupo da etnia Amhara foram mortas num ataque de domingo à noite por supostos membros do grupo armado do Exército de Libertação Oromo (OLA).
O ataque ocorreu na aldeia de Gawa Qanqa, no distrito de Guliso, na zona de Wellega ocidental, um dia após a retirada inesperada e inexplicada, das Forças de Defesa Etíopes da região,disse a Amnistia Internacional.
Testemunhas disseram que dezenas de homens, mulheres e crianças foram mortos, bens pilhados e o que os assaltantes não puderam levar consigo foi incendiado.
-0- PANA MA/BAI/TBM/DIM/IZ 04nov2020